Nestes dias, as facções foram às ruas para atacar políticos, policiais e até membros do Poder Judiciário, além de sequestrar pessoas de maior poder aquisitivo. Outro fato que alarmou e assustou o mundo foi a invasão, ao vivo, dos terroristas a uma emissora de TV, onde fizeram diversos reféns.

Durante a semana, as aulas foram suspensas no país, o comércio ficou fechado nas principais cidades e muita gente deixou de sair de casa. A cidade de Guayaquil, a segunda maior do Equador, é o epicentro da crise, onde vivem a maioria dos integrantes do grupo criminoso.

Outra cidade que também sofreu foi Manta, outro lugar onde os terroristas tem bastante domínio. Aliás, nos últimos meses, as ondas de assaltos e violência no Equador já tinham crescido bastante, algo que até tempos atrás não era normal.

UNIÃO DE FORÇAS.

O governo do Equador, além de anunciar o uso das forças armadas, também quer reforçar o policiamento. E já pediu ajuda a outros países, inclusive o Brasil, que disponibilizará policiais federais para o país vizinho.

Até mesmo outros países como a Argentina e os Estados Unidos se propuseram a ajudar. Outra medida que o governo atual promete tomar é deportar todos os presos de outros países que cumprem pena por lá. Inclusive, de acordo com informações oficiais, cerca de 90% dos detentos no Equador são de outros países, como a Colômbia e a Venezuela.

Por falar em Colômbia, o acordo de paz em 2016 entre o governo local e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) diminuiu a violência no país. Mas, fez com que esses criminosos migrassem para o Equador e encontrassem por lá um terreno fértil, principalmente para o tráfico de drogas.

A questão geográfica também ajuda, já que o Equador tem mais de 2.000 quilômetros de costa no Oceano Pacífico e se tornou um ponto de partida estratégico para o tráfico de drogas aos Estados Unidos e à Europa.