SAÚDE MENTAL

Com 51 anos de atuação, Francisca Júlia CVV atende cerca de 12 mil pessoas por mês

Por Da redação | São José dos Campos
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Divulgação
Francisca Júlia CVV
Francisca Júlia CVV

Com 51 anos completados em agosto, a Francisca Júlia CVV, organização de saúde mental com atuação em São José dos Campos e região, presta atendimentos para 12 mil pacientes por mês, que são feitos de forma exclusiva para o município de São José dos Campos.

Criada em 1972 como Clínica de Repouso Francisca Júlia, pelos voluntários que fundaram o CVV (Centro de Valorização da Vida), a instituição se consolidou na promoção da saúde mental, tratamentos para dependentes químicos e no apoio emocional de pessoas em momentos de vulnerabilidade.

“Nossos 51 anos de existência são uma prova do comprometimento contínuo da nossa equipe, que é treinada para oferecer um ambiente de acolhimento e compreensão, rompendo tabus e encorajando o diálogo sobre saúde mental. Seguimos empenhados em fornecer cuidados compassivos e eficazes para aqueles que buscam ajuda”, disse Daniel Peagno, diretor do Hospital Francisca Júlia CVV.

O grande número de atendimentos mensais corresponde ao serviço dos Ambulatórios Adulto e Infanto-juvenil, que foram implementados desde 2008.

Além disso, no início de 2022, a Francisca Júlia assumiu uma importante frente de atendimento para o município, passando a oferecer uma Unidade Emergencial em Saúde Mental 24 horas em suas dependências e, desse modo, centralizou todos os atendimentos da cidade, que eram feitos anteriormente na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Saúde Mental.

No primeiro semestre deste ano, a Unidade Emergencial registrou quase 7.000 atendimentos, distribuídos entre feminino, masculino e infanto-juvenil.

Segundo Peagno, o serviço de emergência contribuiu para a ampliação e melhorias na qualidade dos atendimentos.

“O período da pandemia demonstrou a necessidade e oportunidade de começar a realizar um trabalho de pronto atendimento. Com isso, fortalecemos a capacidade clínica da instituição e ampliamos nosso enfoque na psiquiatria, com mais médicos residentes atuando e, consequentemente, mais qualificação dos profissionais a partir da intensificação dos atendimentos”, observou o diretor.

PANDEMIA

A pandemia do Covid-19 ressaltou a necessidade de um suporte mais amplo e acolhedor para profissionais da saúde e pacientes, levando à ênfase na escuta empática, conceito já aplicado e difundido pelo CVV.

Com isso, a Francisca Júlia busca formar profissionais de saúde, como técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos, por meio do uso da escuta empática como ferramenta de desenvolvimento de competências.

Além do conceito, também foi adotado o método da ACP (Abordagem Centrada na Pessoa), que valoriza tanto a jornada do paciente quanto as relações humanas.

"Nosso foco é na pessoa, não no diagnóstico. A escuta empática é um legado de nossos fundadores, resgatado durante a pandemia, quando as pessoas precisaram de acolhimento. Os profissionais também necessitaram de apoio para enfrentar o desafio, impactando positivamente o atendimento na ponta", afirmou Peagno.

FUTURO

A organização planeja expandir sua atuação para a saúde suplementar e o atendimento corporativo. Outros projetos incluem a Casa Amarela, telemedicina e a ampliação e desenvolvimento do Instituto de Ensino e Pesquisa da Francisca Júlia.

A Residência Terapêutica, projeto que visa a reintegração de pessoas com transtornos mentais na vida em sociedade, vem ganhando destaque e ampliação, operando de forma extra-hospitalar, inclusive em outras cidades, como Jacareí.

Para a comunidade, workshops, palestras e eventos comunitários são frequentemente organizados para educar o público sobre a saúde mental, reduzindo assim o estigma associado e encorajando as pessoas a procurarem ajuda quando necessário.

Por meio das suas diversas frentes de atuação, que incluem atendimentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), convênios ou particulares, a organização tem oferecido suporte a pessoas de todas as idades que enfrentam transtornos psicológicos, problemas com dependência química e situações de vulnerabilidade psicológica e social.

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