Era uma vez o Joãozinho, um menino levado, aprontava todas, corria riscos. Joãozinho queria abrir um negócio, mas não tinha dinheiro. Foi pedir emprestado para o Pedrinho. O Pedrinho era um menino mais velho, já tinha estudado mais e disse ao Joãozinho: eu te empresto dinheiro, mas você precisa me retornar um bom lucro!
O que é um bom lucro? A melhor resposta é: depende!
Depende de onde você deixou de colocar seu dinheiro, depende dos juros que você deixou de receber de um lugar ao escolher outro lugar. Na nossa estória, Joãozinho é o empresário brasileiro e o Pedrinho é o investidor.
Quanto mais “caro” está o dinheiro no país, maior precisa ser a margem de lucro da empresa do Joãozinho para que ele pague o empréstimo e ainda coloque dinheiro no bolso. Quanto mais “caro” o dinheiro no país, maiores serão os juros que Pedrinho irá pedir em troca de emprestar o seu dinheiro.
O que mede o “preço do dinheiro” na economia brasileira é a taxa SELIC. Determinada pelo Banco Central em uma reunião chamada COPOM (Comitê de Política Monetária), a cada 45 dias, a taxa SELIC dá o tom da música, ela é um dos instrumentos utilizados para controlar o compasso da economia brasileira.
Se a SELIC estiver muito alta, Joãozinho pensará duas vezes antes de tomar dinheiro com Pedrinho para começar um negócio. Se a taxa SELIC estiver mais baixa, isso descomprime a margem de lucro esperada por Joãozinho e também torna o dinheiro do Pedrinho mais barato.
Vivemos um momento único na História: Brasil liderando o movimento de início de queda dos juros no mundo pós COVID-19. Isso deve beneficiar pequenos, médios e grandes empresários, gerar mais empregos e “movimentar a economia”. Vamos aguardar e observar!
Comentários
1 Comentários
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Marcelo José Rosa 08/08/2023Bem esclarecedor, no fundo vivemos de expectativasi