
A onda rosa gerada pelo novo filme da boneca Barbie confundiu os pais e acabou gerando confusão sobre a classificação indicativa do longa-metragem. Por ser inspirado em um brinquedo, muitos pais achavam que o filme seria infantil e não se atentaram que na verdade é recomendado para maiores de 12 anos.
No Brasil, a classificação indicativa dos filmes é regulada pelo Ministério da Justiça. Um filme classificado pelo órgão como “recomendado para maiores de 12 anos” pode conter agressão física, insinuação de consumo de drogas ou insinuação leve de sexo.
Muitos não esperavam que o filme da Barbie fosse abordar temas sérios e políticos, como questionamentos sobre o patriarcado, a cultura do consumismo, com diversas sátiras sobre questões sociais. Segundo parecer do Ministério da Justiça, o conteúdo do filme tem linguagem imprópria para crianças e apresenta tendências, com atenuantes, à violência, nudez e a estigmas de preconceito. Contudo, a classificação dado ao filme da Barbie permite que os menores assistam o filme, desde que acompanhados dos responsáveis.
Apesar da recomendação para menores de 12 anos, tem sido comum ver algumas crianças nas longas filas rosas do cinema. E a presença dos menores nas sessões acabou gerando comentários nas redes sociais e também dentro das salas de cinema. Os pequenos não se sentem atraídos pelo filme e acabam se dispersando, pedindo para usar o celular ou para sair antes do fim da sessão. Em uma sala de São Paulo, a presença de uma criança gerou confusão entre um grupo de espectadores e uma mulher chegou a ser agredida.
O filme já arrecadou US$ 155 milhões (cerca de R$ 740,7 milhões) em seus primeiros dias de exibição nos Estados Unidos, conquistando o título de maior estreia do ano até agora. Com as bilheterias internacionais, Barbie soma US$ 182 milhões à conta, totalizando US$ 337 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão).