No último ano, o empreendedor Bruno Santos, de Guaratinguetá “saiu da caixinha do interior” e deu início a uma inesperada trajetória como gestor da cultura pública na maior cidade do Brasil. assumiu o cargo de secretário adjunto da Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo para auxiliar na gestão da pasta ao lado da secretária Aline Torres, com a função de acompanhar a execução orçamentária de algumas áreas para garantir as necessidades primordiais e manter os equipamentos públicos funcionando em sua totalidade. Com objetivo de tornar a Cultura acessível, igualitária e de qualidade para todos, do centro à periferia, Bruno e equipe trabalham para gerar renda e emprego através desse setor, que movimenta 3% do PIB e corresponde a 7% dos trabalhadores do país, contrariando quem pensa que Cultura é apenas promover eventos. "Diferente do interior, aqui na capital as pessoas têm a possibilidade de escolha de viver de cultura. Vários segmentos são fortes, como o circo, a música, a capoeira, o teatro, então temos que dar oportunidades aos artistas, abrir portas para que trabalhem e se sustentem com dignidade”, comenta Bruno.

Bruno Santos, graduando em Ciências Econômicaspela Universidade de Taubaté foi um dos criadores do aplicativo de gestão escolar “Escola do Futuro”, desenvolvido em 2018 pela Infotech Tecnologia, uma startup, que criou junto com um amigo em Guaratinguetá. Um projeto tecnológico que, sem dúvida, tem auxiliado em sua gestão na cultura da capital paulista "É fundamental dar a opção de não estar nas ruas e de ter uma alternativa para colocar sua criatividade para jogo, desenvolver sua inteligência. Esse é o impacto que a gestão pública tem que fazer na vida das pessoas, ir e tentar resolver o problema”, salienta Bruno. Com perfil moderno e atento às tendências, principalmente tecnológicas, Bruno Santos se considera um “amigo inédito” e tem ideias de usar a tecnologia a favor da cultura paulistana para modernizá-la. Uma das propostas é tokenizar bibliotecas, museus e obras de arte e até transformar o Museu de Arte de Rua em um museu digital, o que permitiria que diversos artistas que integram o acervo tivessem suas artes divulgadas internacionalmente de forma instantânea. “Com isso, levaríamos a arte da cidade de São Paulo, como o grafite de rua, para o mundo todo”, afirma enquanto comemora ainda o sucesso da Virada do Pertencimento 2023, maior evento da capital paulista, que, no último mês de maio, reuniu um público de 4 milhões de pessoas e mais de 500 atrações para 24 horas de programação cultural em Sampa.