JOSÉ SAUD

Solucionar os problemas é nosso desafio

Por José Saud | 27/01/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Prefeito de Taubaté
OVALE

Neste mês uma emissora de televisão apresentou reportagem sobre a cratera aberta no Jardim Mourisco. Ao final, o apresentador disse que Taubaté era a cidade das crateras. O jornalismo fora do contexto é um mal que precisa ser combatido. Isso porque a criação de chavões acaba jogando luz sobre um problema específico, esquecendo a visão estratégica que estamos trabalhando para fazer Taubaté avançar.

Quero aqui abordar as questões que levam hoje Taubaté a ter um subsolo em risco em várias localidades.

A partir de 1983, um amplo projeto de urbanização foi implantado em Taubaté. Basicamente, tivemos o asfaltamento de várias vias públicas e, concomitante a isso tivemos a canalização de rios e córregos que cortam a nossa cidade. Temos mais de 30 km de rios e córregos canalizados. A estrutura dessa canalização foi baseada na utilização dos tubos Armcos que têm uma durabilidade de cerca de 10 anos. Ora, da década de 80 do século passado até os dias atuais temos cerca de 40 anos sem que, nenhum prefeito olhou para o nosso subsolo como deveria evitando assim os casos que estamos enfrentando na cidade, principalmente no início deste ano com o aumento substancial do regime de chuvas. E isso não é nenhuma crítica aos meus antecessores, mas sim a constatação de uma realidade.

No caso específico do Jardim Mourisco, é preciso rever como tudo começou e como agimos: a rede da Sabesp se rompeu, os moradores reclamaram e a empresa demorou a agir. Com o solo encharcado pelo vazamento de água tivemos o surgimento de um primeiro buraco. A Prefeitura, desde o primeiro momento, esteve atenta a tudo e cobrou ação da Sabesp. Com a demora do serviço e a ocorrência de uma forte chuva o buraco aumentou e atingiu a canalização do córrego, comprometendo a estrutura de diversas casas. Agimos com presteza mobilizando diversos setores da Administração para mitigar os danos provocados aos moradores. Hoje, a situação está controlada, mas os riscos não estão eliminados em outras regiões da cidade.

É interessante observar que a Prefeitura de Taubaté não tem o registro de onde há a canalização de rios e córregos. Isso esteve na cabeça de um funcionário que aposentou. Os governos se sucederam e ninguém teve a preocupação de criar uma documentação que permita conhecer melhor os equipamentos urbanos. Determinei que a Prefeitura vá em busca dessas informações e que internalize isso para que os próximos governos não passem pelo que tenho passado sem processos bem definidos para além de um governo.

No caso específico, vamos fazer o maior inventário da situação das canalizações em nosso município. Um robô vai entrar em todos os buracos e fazer o diagnóstico dos locais onde a estrutura está colapsada para que possamos agir preventivamente, evitando assim os prejuízos aos contribuintes.

Taubaté não é a cidade das crateras, e sim a cidade das soluções definitivas.

 Soluções definitivas são demoradas, pois requerem pesquisa, estudo e planejamento, para se ter um resultado adequado a cada situação!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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1 COMENTÁRIOS

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  • Robreto Gomes
    06/02/2023
    Para´bens Saud, por nada.