A carreira do atleta, de um modo geral, é algo puxado. O indivíduo demora muito para conseguir decolar profissionalmente, após muito suor e lágrimas. No entanto, enquanto profissionais "convencionais" contam em média com 30 a 40 anos ativos de profissão e geração de renda, atletas muito diferenciados e que se cuidam muito bem podem atingir até 20 anos ativos de profissão com geração de renda recorrente.
Existem dois riscos na vida: viver pouco ou viver muito. Um atleta profissional, seja qual for a modalidade, ao encerrar a carreira com, por exemplo, 35 anos de idade, pode viver até os 95 anos, a depender da qualidade de vida. Como preencher esse hiato profissional?
A resposta, segundo a maioria dos especialistas em planejamento de carreira esportiva, que se mostrou assertiva em muitos casos reais está na chamada "carreira dupla". O atleta profissional exerce suas funções de atleta, seus compromissos e agendas, sem abrir mão de estudar e se profissionalizar como administrador, engenheiro, educador físico, contador etc.
Casos de atletas como Gustavo Borges e Ana Marcela Cunha são exemplos bem sucedidos de atletas que não abriram mão dos estudos e de especializações ao longo da carreira e hoje colhem bons frutos dessa "organização extra". Gustavo Borges é formado em Economia pela Universidade de Michigan e hoje tem negócios vinculados ao universo da natação. Ana Marcela Cunha é hexacampeã mundial de natação em águas abertas e graduada em Educação Física pela Unisanta.
Temos muitos outros exemplos positivos de atletas que se graduaram e se especializaram durante o exercício do esporte profissional, mas também temos casos tristes de atletas que acumularam fortunas e, tanto por falta de estudo quanto por falta de orientação adequada, acabaram com esses recursos prematuramente e hoje vivem de acordo com um padrão de vida inferior ao que estavam acostumados. Planejamento é tudo!