José Luiz de Souza

Reencontro com ‘tesouros’ da infância

Por José Luiz de Souza | 08/09/2022 | Tempo de leitura: 2 min

Michella Cruz
Michella Cruz

Ainda era uma criança, no município de Cruzeiro, no Vale do Paraíba, quando a modelo internacional Michella Cruz despertou seu primeiro interesse, amor e curiosidade pelas pedras preciosas e pelas joias. “Sempre gostei. Lembro muito das minhas avós usando colares de contas e elas também tinham coleções de botões, com as quais eu brincava e também que foram minhas primeiras gemas ou pedras preciosas imaginárias”, comenta Michella, que reside nos últimos anos em Nova York e onde também passou os dois primeiros anos de confinamento por conta da pandemia da Covid-19.

Mas, um pouco antes, ao fotografar uma campanha de joias, acabou amiga da designer que a indicou um curso de gemologa no conceituado GIA (Gemological Institute of America), fundado em 1931 e que hoje é a principal referência mundial em diamantes, pedras coloridas e pérolas.

“Tive a oportunidade, alguns anos depois, de fazer um curso para identificação de gemas em laboratório e decidi que um dia faria o curso completo de gemologia”. E foi no isolamento durante a pandemia que veio a possibilidade de concluir esse curso – na verdade um total, cinco cursos online.

“Você tem que acertar no mínimo 75% para ser aprovada em tudo. A prova final é a análise das 20 gemas, o que é necessário para tirar o diploma. É para essa prova que eu estou me preparando nesse meu último curso. Não tem margem de erro aqui, já que no mercado real qualquer erro pode custar milhares de dólares”, explica a modelo que hoje encontra-se apta a trabalhar no mercado de joias – não como designer, mas com consultorias a antiquários, museus, casas de leilões.

“Eu amo as joias antigas, a bagagem histórica que elas guardam, a qualidade das gemas e qualidade delas na sua montagem! Gostaria de ganhar experiência em casas de leilão para poder oferecer esse tipo de consultoria no futuro”, comenta Michella que também não poupa críticas ao mercado “A indústria das pedras preciosas, desde de o colonialismo, tem um histórico de abuso gigantesco que, cada vez mais e mais, vem sendo desmascarado. Uma indústria consciente e um consumidor exigente têm forçado a garantia de que as gemas e o ouro não estejam financiando ditaduras, terrorismo, trabalho escravo ou destruindo o meio ambiente”. 

Enquanto isso, e paralelamente como modelo, é chamada para trabalhos no mundo todo – sucesso garantido para quem traz no curriculum campanhas e editoriais para Vogue, Elle, Marie Claire um desfile inesquecível para Chanel Couture em Nova Delhi e o trabalho que lhe deu uma enorme visibilidade internacional “O comercial do perfume The Secret com Antonio Banderas, que é um lorde e extremamente simpático”, concluiu.

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