O vídeo em que o pastor Wilson Botelho ameaça moradores de rua durante sessão da Câmara Municipal de Divinópolis, em Minas Gerais, desencadeou uma crise no município e trouxe à tona suspeitas de remoção forçada dessa população. Na gravação, ele afirma que poderia mandar matar quem permanecesse na cidade, fala que gerou nota de repúdio do Legislativo. Botelho alegou ter sido mal interpretado.

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A polêmica se dá enquanto o Ministério Público de Minas Gerais investiga a prefeitura por supostamente pagar passagens de ônibus para expulsar pessoas em situação de rua. Nos últimos seis meses, foram 564 bilhetes custeados com recursos públicos para que essas pessoas deixassem Divinópolis. O prefeito Gleidson Azevedo (Novo) nega ilegalidades e diz que a cidade recebe deslocados de outros municípios, justificando o auxílio apenas em casos de comprovação de vínculos familiares.

Um dos relatos investigados é o de Aparecida Araújo, de 60 anos, que chegou de Nova Serrana e foi enviada para Oliveira no mesmo dia, apesar de afirmar não ter laços com o município de destino. A prefeitura diz que ela se recusou a permanecer na cidade.

Especialistas e a Defensoria Pública alertam que o transporte compulsório é inconstitucional e viola o direito de circulação, garantido pelo Supremo Tribunal Federal, que proibiu práticas do tipo em 2023.

*Com informações do Fantástico e do NSC Total