A Ucrânia afirmou neste sábado (5) ter atingido uma base aérea militar russa na região de Voronezh, ao mesmo tempo em que enfrentava mais uma ofensiva em larga escala com drones lançados por Moscou durante a madrugada.
Leia mais: Ataque à Kiev ocorreu após conversa entre Trump e Putin; VÍDEO
Segundo o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, o alvo foi a base de Borisoglebsk, considerada ponto estratégico da aviação russa. A investida teria atingido um depósito de bombas planadoras, uma aeronave de treinamento e possivelmente outras estruturas.
Autoridades russas ainda não comentaram oficialmente o ataque. A Ucrânia tem intensificado suas ofensivas a alvos de alto valor dentro do território russo como forma de enfraquecer a capacidade aérea do Kremlin. Em junho, Kiev afirmou ter destruído mais de 40 aviões russos em ataques surpresa a aeródromos em regiões distantes da fronteira.
Enquanto isso, a Rússia lançou 322 drones e iscas contra a Ucrânia entre sexta e sábado, segundo a Força Aérea ucraniana. Desses, 157 foram abatidos e outros 135 se perderam.
O principal alvo da nova ofensiva aérea foi a região de Khmelnytskyi, no oeste do país. De acordo com o governador Serhii Tyurin, não houve registros de feridos, mortos ou danos relevantes até o momento.
A nova onda de ataques ocorre um dia após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, conversar por telefone com o presidente dos EUA, Donald Trump. Segundo Zelenskyy, o diálogo foi "muito importante e produtivo", e incluiu temas como reforço da defesa aérea, cooperação na produção de armamentos e possíveis caminhos diplomáticos para encerrar a guerra.
Trump, por sua vez, afirmou a jornalistas que o telefonema foi "muito bom", mas evitou prever um desfecho para o conflito. Enquanto isso, os EUA mantêm congeladas algumas remessas de armamentos à Ucrânia, incluindo mísseis de defesa antiaérea.
Em paralelo, o Ministério da Defesa russo afirmou ter derrubado 94 drones ucranianos entre a noite de sexta e a madrugada de sábado, além de outros 12 na manhã deste sábado. Moscou não relatou vítimas.
*Com informações do NPR