LONGE DO CESSAR-FOGO

Ataque à Kiev ocorreu após conversa entre Trump e Putin; VÍDEO

Por | da Redação
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Reprodução/@ZelenskyyUa/X
O bombardeio foi descrito por moradores como uma das noites mais intensas desde a invasão em larga escala em 2022.
O bombardeio foi descrito por moradores como uma das noites mais intensas desde a invasão em larga escala em 2022.

A Rússia realizou na madrugada desta sexta-feira (4) o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da guerra, lançando mais de 500 drones sobre o território ucraniano, a maioria deles direcionados à capital, Kyiv. A ofensiva ocorre poucos dias após os Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, suspenderem o envio de mísseis de defesa aérea ao país invadido.

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O bombardeio, descrito por moradores como uma das noites mais intensas desde a invasão em larga escala em 2022, deixou ao menos 23 feridos e provocou incêndios de grande proporção, que cobriram Kyiv de fumaça ao amanhecer. Muitos residentes passaram a madrugada escondidos no sistema de metrô da cidade, usado como abrigo antiaéreo.

O prefeito de Kyiv confirmou que os ataques se estenderam até as primeiras horas da manhã.

A investida russa teve início pouco depois de o ex-presidente Donald Trump anunciar que manteve conversa telefônica com Vladimir Putin. Segundo Trump, o diálogo não resultou em avanços concretos. Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, associou os alertas aéreos ao momento da divulgação da ligação entre os dois líderes.

“Mais uma vez, a Rússia mostra que não tem qualquer intenção de encerrar a guerra ou o terror”, declarou Zelensky nesta manhã, acrescentando que os alarmes só cessaram por volta das 9h (horário local).

Zelensky também afirmou ter conversado com Trump após os ataques. Em publicação nas redes sociais, o líder ucraniano classificou o contato como “muito importante e produtivo”, destacando que os dois discutiram formas de fortalecer a defesa aérea da Ucrânia e avaliaram a possibilidade de cooperação em projetos da indústria de defesa.

O novo ataque amplia a tensão no leste europeu e reforça o desafio enfrentado por Kyiv diante da escassez de apoio militar externo. A escalada da violência também reacende o debate internacional sobre o papel dos Estados Unidos no conflito.

*Com informações da ABC News

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