EDUCAÇÃO

Instituto Federal de Piracicaba retoma aulas com fim da greve

Por Roberto Gardinalli | roberto.gardinalli@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 2 min
Will Baldine/JP

O Instituto Federal de Piracicaba já voltou às atividades normais após o encerramento da greve que abrangeu as unidades dos IF e universidades federais em todo o país. As aulas em Piracicaba retornaram ao normal na última quarta-feira (19), depois que, em assembleia, os professores e trabalhadores dos institutos e universidades federais decidiram aceitar a proposta feita pelo Governo Federal.

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Segundo o professor Adelino Francisco de Oliveira, professor do Instituto Federal de Piracicaba e integrante da coordenação do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), o acordo foi aceito na última segunda-feira (17) e, após 48h, os trabalhos foram retomados. “O Instituto aceitou a proposta do governo na segunda-feira, em assembleia. Demos 48h e voltamos na quarta-feira”, confirmou.

Em Piracicaba, a paralisação teve início no último dia 10 de abril. Segundo o Sinasefe, entre os pontos do acordo aceitos pelos servidores dos institutos estão o reajuste na remuneração tanto para técnico-administrativos quanto para docentes. No caso das carreiras do magistério de ensino superior, básico, técnico e tecnológico, a recomposição acontecerá em duas etapas, sendo a primeira em janeiro de 2025 e a segunda em abril de 2026. Os percentuais serão diferentes para cada classe de docentes. Já para os técnicos-administrativos, também foi aprovado o reajuste salarial, que acontecerá em duas etapas. A primeira será de 9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026. O acordo também promete a revogação da portaria MEC n°983, de novembro de 2020, que muda a carga horária e marcçaão de ponto eletrônico. Com a portaria atual, o professor é obrigado a cumprir, no mínimo, 14 horas em caso de jornada em período integral ou 10 horas se for parcial.

“Para nós, trabalhadores da Educação, a recomposição orçamentária e a política de investimento nas instituições públicas é fundamental para o exercício de nossas atividades profissionais”, citou o Sinasefe em nota oficial. “Entendemos que as disputas ocorridas entre a categoria e o atual Governo durante essa greve se deram em virtude das próprias disputas internas por orçamento e da política econômica adotada. Esse embate deixou em evidência o confronto de projetos educacionais distintos: de um lado, a defesa da Rede Federal por um projeto pautado no investimento público para Educação Pública e, do outro, um projeto que mantém, em grande medida, a continuidade das contrarreformas produzidas nos Governos Temer e Bolsonaro”, completou. Segundo o Sinasefe, participaram das assembleias 402 sindicalizados de 70 seções sindicais. Esta foi a maior adesão ao movimento desde a fundação do sindicato.

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