PROGRAMAÇÃO

Encontro on-line e ato artístico marcam data


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A Marcha da Consciência Negra, realizada tradicionalmente no Dia Nacional da Consciência Negra, será substituída este ano por um encontro on-line realizado por lideranças do movimento negro de Jundiaí. A videoconferência com o tema "Racismo Estrutural e Institucional" será transmitida pelo canal do YouTube da Prefeitura de Jundiaí a partir das 18h30.

Os participantes do encontro serão Deh Bastos, comunicadora, consultora e co-fundadora do projeto "Criando Crianças Pretas"; Joana Prudêncio, assistente social, conselheira pública e especialista em violência doméstica; Maria Eduarda Arvigo, advogada, presidente da Comissão da Igualdade Racial da OAB de Jundiaí e voluntária na Educafro; Rogério Almeida, conselheiro de Cultura e de participação da comunidade negra, capoeirista e ex-diretor do clube 28 de setembro; Samy Fortes, mulher trans negra e indígena, conselheira e integrante de coletivos, e coordenadora do Centro de Apoio e Inclusão Social para travestis e transexuais (Cais); do diretor de Cultura da UGC, João Carlos De Luca; e da assessora de políticas para Igualdade Racial da UGCC, Isabela Galdino Miguel. A mediação ficará por conta de Aline Carvalho, cientista social, antropóloga e socióloga, pesquisadora de questões etnicorraciais e criadora do projeto Africanidade.

Samy Fortes fala sobre a importância da luta. "Amo Jundiaí, mas vivemos em uma cidade mega conservadora que nos exclui de diversos privilégios. É importante fortalecer essas rodas de conversa on-line. A onda de racismo que vivemos no mundo respinga em todas as cidades", relata.

Samy fala da dificuldade em ter sempre que lutar pelo espaço. "Ainda vivemos no martírio de ter que mostrar nossa capacidade. Eu, enquanto mulher trans negra, acho de suma importância fortalecer esta luta. Sofro a desigualdade de gênero, transfobia e racismo. É importante a conscientização da sociedade em si, que consiga enxergar que não podemos ficar em um dia, para que seja o ano todo", diz ela sobre luta que deve perdurar.

ARTE

O grupo Olhares e Vozes Antirracistas realiza um flash mob também para este dia, porém não informam o horário para não ter tumulto. Segundo um dos organizadores, Vanderlei Victorino (BA), a ideia é que as pessoas sejam 'pegas de surpresa'. "É uma atividade artística, cultural e de denúncia do racismo", adianta.

A proposta é fazer uma ação que tenha uma repercussão de conscientização. "Serão 10 a 20 pessoas apenas e vamos transmitir on-line na nossa página. Não queremos que haja aglomeração por conta da pandemia", relata.

 

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