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Jundiaienses fecham o ano correndo na histórica São Silvestre

Por Luana Nascimbene |
| Tempo de leitura: 3 min
FOTÓGRAFO TOSHIO / TOSHIOPK
Para a maioria dos participantes, o objetivo é a superação pessoal e a celebração
Para a maioria dos participantes, o objetivo é a superação pessoal e a celebração

Na manhã de 31 de dezembro, enquanto a maioria das pessoas se despede do ano em ritmo de contagem regressiva, milhares de corredores farão isso em movimento. A Corrida Internacional de São Silvestre, a mais tradicional prova do pedestrianismo brasileiro, chega em 2025 à sua 100ª edição, reunindo atletas de diferentes países para os 15 quilômetros pelas ruas de São Paulo, no último dia do ano.

Dividida nas categorias elite, premium, geral e PCD, a prova mantém o caráter competitivo para poucos, mas, sobretudo, o simbolismo coletivo que a consagrou ao longo de um século. Para a maioria dos participantes, o objetivo não é o pódio, mas a superação pessoal, a celebração do ano que termina e a experiência de correr uma das provas mais emblemáticas do mundo.

Em Jundiaí, corredoras se organizam para viver essa experiência de maneiras distintas, todas marcadas por planejamento, expectativa e significado pessoal. Com treinos específicos, fortalecimento e atenção à alimentação, elas se preparam para enfrentar o percurso paulistano, conhecido tanto pela altimetria quanto pela atmosfera festiva.

Corredora há oito anos, Dariana de Souto Palamarczuk, de 36 anos, dona de casa e comerciante, já acumula cerca de 100 provas no currículo e volta à São Silvestre após a experiência em 2022. “A São Silvestre é uma prova muito querida pelos corredores, e tem a lenda que só é corredor quem já correu a São Silvestre”, conta. Sem meta de tempo, ela pretende aproveitar o clima da prova. “Queremos curtir e comemorar mais um ano correndo e já entrando em 2026 fazendo o que mais gostamos, que é correr.”

Para Gabriela Gorayska, de 40 anos, gestora de qualidade, esta será a segunda participação. Com 11 anos de corrida e mais de 30 provas disputadas, ela vê a São Silvestre como um marco simbólico. “Por ser a corrida mais tradicional do Brasil e a última do ano, ela simboliza para mim uma grande comemoração”, afirma. Assim como no ano passado, a proposta é compartilhar o percurso com amigos e celebrar.

Estreante na prova, Roseli Aparecida Silva Bonani, de 46 anos, comerciante, leva na bagagem oito anos de corrida e quatro maratonas concluídas. A decisão de encarar a São Silvestre vem justamente do peso histórico da competição. “Decidi participar porque é a prova mais tradicional de todas”, explica. Sem preocupação com o relógio, ela resume a expectativa: “Não tenho meta de tempo, porque é uma prova muito cheia.”

Já para Gisele Cardoso Santos Silva, de 39 anos, gerente administrativa, correr a São Silvestre em sua 100ª edição tem um significado especial. Com mais de dez anos de prática e cerca de 40 provas disputadas, ela retorna à corrida que já fez parte de sua trajetória. “Voltar justamente na 100ª edição é uma forma de agradecer e celebrar as conquistas de mais um ano tão abençoado”, diz. A preparação segue com constância e orientação profissional, e a expectativa vai além do desempenho. “Minha meta pessoal é concluir a prova com o coração grato, confiando que Deus estará conosco em cada quilômetro.”

Entre metas pessoais, celebrações coletivas e histórias individuais, as jundiaienses que estarão na largada da São Silvestre levam consigo mais do que números ou tempos finais. No último amanhecer do ano, cada quilômetro percorrido também será uma forma de fechar ciclos, celebrar conquistas e iniciar um novo capítulo em movimento.

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