Bauru sediará neste domingo (14), às 14h, um ato que integra a mobilização nacional contra a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro e, no âmbito local, contra projetos apresentados pelo governo municipal de concessões de serviços públicos, por meio de parcerias público-privadas (PPP), por exemplo. A manifestação, organizada por frentes e sindicatos, ocorrerá no Parque Vitória Régia e faz parte da agenda convocada pela Frente Brasil Popular e pelo Povo Sem Medo, com apoio da CUT e de entidades sindicais.
Em Bauru, o ato é organizado por lideranças locais da CUT, do movimento sindical e de coletivos, como o Ação Libertária. Entre os articuladores está Jesus Garcia, membro da coordenação da CUT e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Energéticos (Sinergia Bauru). Segundo ele, a convocação partiu de representantes do Partido dos Trabalhadores (PT).
“Fizemos uma reunião nesta quinta-feira (11) com representantes de sindicados convocados e juntos elaboramos materiais de divulgação. O objetivo da ação é reunir as pessoas para manifestar a revolta contra a postura do Congresso Nacional, hoje dominado pelo Centrão, com liberais e extrema direita, que assumem posições que não refletem a vontade da sociedade”, afirma Garcia.
Ele explica que a pauta central envolve duas frentes: a rejeição à anistia dos que atentaram contra a democracia em 8 de janeiro e, em nível local, oposição ao o que o sindicalista aponta como privatizações em curso, que envolvem tratamento de esgoto e drenagem, além da coleta de lixo e a água.
“Quando você entrega o que é público para o capital privado, o impacto pode ser negativo e recai sobre o bolso da população”, critica Garcia, apontando ainda que a maioria dos vereadores Câmara Municipal de Bauru tem aprovado as pautas da prefeitura.
O ato deste domingo (14) busca, segundo os organizadores, unificar movimentos sociais, sindicatos e população em defesa dos serviços públicos e da responsabilização dos envolvidos nos ataques. “É uma pauta geral, nacional, mas também reflete os problemas específicos de Bauru”, reforça o dirigente.