A quadrilha que assaltou, na madrugada desta quarta-feira (10), um caminhão com mais de meio milhão de reais em aparelhos eletrônicos, na cidade de Tatuí-SP, agiu com informações privilegiadas sobre o trajeto e o momento em que a carga estaria vulnerável. O caminhão havia saído de um galpão da Magazine Luiza, em Jundiaí. A informação foi apurada pela reportagem junto a fontes policiais. Dois suspeitos de integrar a quadrilha foram presos por guardas municipais em Jundiaí pouco após o roubo.
De acordo com uma fonte consultada pelo JJ, os bandidos, moradores na região de Franco da Rocha e Francisco Morato, são especialistas nesse tipo de assalto e tinham conhecimento detalhado do trajeto do caminhão, inclusive do momento exato em que ele deixaria de contar com a escolta de segurança. O ataque ocorreu justamente quando a carga já estava vulnerável, sem a proteção da escolta, o que facilitou a ação criminosa.
Além disso, o planejamento do crime envolvia um acordo com integrantes de uma facção criminosa de Jundiaí. O grupo combinou que, após o roubo, a carga seria deixada "descansando" no Jardim São Camilo. "Depois de deixar a carga em nossa cidade, eles iriam embora. O que fariam com os produtos seria somente depois de um tempo, após o flagrante ou a calmaria após o crime", relatou a fonte.
Durante a perseguição aos suspeitos, quase R$ 90 mil em celulares, iPhones, tablets e outros aparelhos foram recuperados em Jundiaí.
RELEMBRE O CASO
Dois homens suspeitos de participação em um roubo de carga da Magazine Luiza, ocorrido em Tatuí-SP, na madrugada desta quarta-feira (10), foram presos pouco tempo depois por guardas municipais em Jundiaí. Com a dupla, foram recuperados R$ 87 mil em produtos. A carga, que havia saído de um depósito em Jundiaí, tinha como destino a região de Tatuí, onde a quadrilha escolheu para cometer o assalto. Um dos suspeitos, que possui uma extensa ficha criminal, estava sendo procurado pela Justiça e foi capturado. O veículo Argo utilizado pelos suspeitos constava como produto de furto e foi recuperado pelos guardas. Durante a ação que resultou na prisão da dupla, alguns comparsas, que estavam em outros dois carros, conseguiram fugir. O caso foi registrado na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí, onde será investigado.
Os GMs H. Melo, Deiviti e Ribeiro da Silva estavam em patrulhamento pela avenida Antônio Frederico Ozanan, quando o monitoramento (GM Tomás) informou que um veículo suspeito de estar sendo usado em crimes, havia entrado na cidade pelo bairro Jundiaí Mirim, com destino à rodovia Engenheiro Constâncio Cintra. Com base nessas informações, os agentes - juntamente com outra equipe, formada pelos GMs Nabor, Leonarde, Maurivan e Mendes -, se deslocou até a rodovia e patrulharam sua extensão, sem contudo avistar o veículo suspeito.
Para ampliar o campo de busca, então, as equipes então se separaram e foram a outros possíveis locais de passagem.
Quando os GMs Melo, Deiviti e Ribeiro da Silva estavam pela Estrada Velha, o monitoramento informou que o veículo alvo, juntamente com um Fiat Argo prata e um Renault Kwid branco - todos envolvidos em um roubo de carga ocorrido duas horas antes em Tatuí -, estavam transitando pela mesma rodovia. Considerando a possível rota de fuga, os guardas foram para a rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, onde se depararam com o Renault Kwid branco e o Fiat Argo.
A equipe deu sinal de parada ao Fiat Argo, mas o motorista desobedeceu, dando início à perseguição, com o uso de sinais sonoros e luminosos. No KM 62, o Fiat Argo colidiu fortemente contra uma mureta de concreto, rodou várias vezes na pista e parou alguns metros após a colisão. A equipe desembarcou e, junto com a VTR 10249, efetuou a abordagem.
Na busca veicular, foram encontrados R$ 87.378,88 em produtos provenientes da Magazine Luiza, além de um pé de cabra, uma corda e dois celulares pertencentes aos suspeitos.
Questionados sobre a procedência dos produtos, eles informaram que haviam participado do roubo de carga.
Diante dos fatos, os GMs deram voz de prisão aos dois, que foram levados para a DIG. Durante o registro da ocorrência, foi descoberto que um deles estava sendo procurado pela Justiça e tinha passagens criminais por roubo, furto, associação criminosa e receptação.
A consulta veicular do Fiat Argo também revelou que o veículo era produto de furto.
Na DIG foi lavrado o BO com a natureza de "Roubo de Carga" e "Receptação", ficando ambos presos em flagrante.
Também participaram da ação os GMs Felipe e De Oliveira.