OPINIÃO

Projeto reencarnatório 


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Toda reencarnação começa efetivamente no momento da fecundação, que é quando o espermatozoide penetra o óvulo formando o zigoto, é nesse momento que o Espírito rencarnante é implantado e uma nova vida na dimensão física se inicia. Porém, para toda reencarnação existe um projeto reencarnatório que começa muito antes, no mundo espiritual. Esse planejamento é feito individualmente e dele participam Espíritos especializados em diversas áreas, cada qual com a sua função. Existem, por exemplo, engenheiros genéticos espirituais que projetam um mapa genético, com um DNA mais apropriado, que irá formar o corpo físico propício para que o ser reencarnante possa cumprir os propósitos desejados.

No livro “Missionários da Luz”, psicografado por Chico Xavier, André Luiz narra uma parte do processo reencarnatório de Segismundo, relatando que o Espírito que dirigia essa tarefa conseguia ver as disposições cromossômicas de todos os milhões de espermatozoides presentes e, depois de observar o óvulo materno, identificou o espermatozoide mais apto, fixando nele o seu potencial magnético, fazendo com que ele fecundasse o óvulo. Dessa forma, o acaso não existe, ou seja, entre os milhões de espermatozoides presentes, é o mais apropriado que irá fecundar o óvulo correto, para que tudo ocorra para o melhor benefício do reencarnante.

Os nossos Espíritos tutores, sempre visando o melhor para nós, nos orientam nesse projeto e, a depender da nossa condição evolutiva, nós participamos mais ou menos ativamente dele. Em geral, no exercício de nosso livre-arbítrio, nós escolhemos o gênero de provas por que iremos passar e, com isso, assumimos desde logo a responsabilidade por nossas decisões e logicamente pelas consequências delas decorrentes. É importante destacar que estas escolhas dizem respeito ao gênero das provas propriamente dito, e não às suas particularidades, razão pela qual os mentores espirituais, como sempre, recomendam cautela.

Os futuros pais, assumindo o compromisso de tutela do reencarnante, também participam desse processo. Sabemos que a paternidade é uma das maiores missões que podemos assumir, sendo o papel dos pais de vital importância para a formação do indivíduo.

Nós trabalhamos, pesquisamos, estudamos e observamos para fazermos as nossas escolhas e, assim, esse projeto é elaborado sempre para o nosso bem, com o objetivo de propiciar as melhores condições para o nosso aprendizado e evolução. Notemos, que é para o bem e não para o destino, pois esse plano construtivo não é fatalismo, porque sempre podemos, pelo nosso livre-arbítrio, mudar o planejado durante a nossa existência.

Nós temos as nossas provas a suportar, e elas são escolhidas de acordo com o progresso que precisa ser feito. Quando nós planejamos reencarnar, nós concordamos com as provas que fazem parte da nossa missão. Não se trata, portanto, de uma imposição divina, mas sim de um comum acordo, buscando sempre o melhor para o nosso aperfeiçoamento como seres imortais.

Eduardo Battel é médico urologista, expositor Espírita e Coordenador da Liga de Medicina e Espiritualidade da FMJ

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