Em duas operações realizadas pela Guarda Municipal (GM) e pela Emdec, 646 testes de bafômetro foram aplicados em Campinas. Os agentes registraram uma autuação por embriaguez confirmada e duas por recusa ao teste.
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A legislação brasileira considera que recusar o bafômetro é tão grave quanto dirigir embriagado. A infração é gravíssima, com multa de R$ 2.934,70, suspensão da CNH por um ano e retenção do veículo. As penalidades são as mesmas para quem apresenta entre 0,05 mg/L e 0,33 mg/L no etilômetro.
Os números da cidade justificam a rigidez da fiscalização. Em 2024, o álcool esteve presente em 38,1% das mortes no trânsito — 51 dos 134 óbitos analisados. Entre janeiro de 2020 e julho de 2025, a combinação de bebida e direção resultou em 274 mortes em Campinas.
“Beber e dirigir são comportamentos incompatíveis. O álcool afeta a coordenação motora, a capacidade de julgamento e a visão, mesmo em pequenas quantidades”, alerta Vinicius Riverete, presidente da Emdec. “Não corra o risco de perder a sua vida, ser responsável pela morte de alguém que você ama ou destruir a vida de uma terceira pessoa.”
Entenda a lei e as penalidades
O Brasil adota tolerância zero para álcool ao volante desde a Lei Seca (11.705/2008). Há uma margem técnica de 0,04 mg/L, abaixo da qual não há punição.
As penalidades variam conforme o resultado do teste ou a recusa em realizá-lo:
- De 0,05 mg/L a 0,33 mg/L ou recusa: Infração gravíssima (x10). Multa de R$ 2.934,70, suspensão da CNH por 12 meses, retenção do veículo e recolhimento da habilitação.
- Igual ou superior a 0,34 mg/L: Crime de trânsito, com detenção de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão do direito de dirigir.
A reincidência em 12 meses dobra o valor da multa, chegando a R$ 5.869,40. A infração também pode ser comprovada por imagens, vídeos ou sinais de alteração psicomotora, especialmente em caso de acidente.