Querido leitor, você já parou para pensar em quanta injustiça existe nesse mundo? Sim, quando somos crianças e adolescentes nunca paramos para analisar com seriedade e profundidade sobre as questões que envolvem a vida humana, talvez porque não tínhamos interesse a respeito.
Porém, quando nos tornamos adultos e conscientes da realidade que nos cerca, entendemos que no mundo há problemas indecifráveis. Entendemos que o mundo está com os códigos de ética inutilizados. Entendemos que as desigualdades sociais existem por culpa do próprio ser humano e que, se houvesse interesse, empatia e organização, tudo seria diferente.
Ontem eu estava lendo uma mensagem em uma rede social e na mensagem havia uma foto de uma criança dormindo com a família em uma calçada, após buscas e mais buscas por um albergue, até que dormir na rua foi a única solução encontrada.
Ao ver a foto desse menino dormindo serenamente com a cabecinha no chão, sem um confortável travesseiro, tendo apenas um cobertor fino sobre o corpo, meu coração ficou apertado e me senti amargurada por saber que assim como esse garotinho, tantas outras crianças estão nessa mesma situação, com fome e correndo riscos pelas ruas.
Em contrapartida, nesta mesma semana eu vi uma reportagem a respeito de um casamento de uma influencer cujo noivo possui mais de 50 empresas e que o mesmo presenteou a noiva com um colar avaliado em R$ 380 mil, além de presenteá-la com um helicóptero. E a pergunta que me faço é a seguinte: qual é o motivo de tanta desigualdade e em tão alto grau? Porque existem pessoas com tanto e outras com tão pouco ou com nada?
Haveria um modo de reverter esta desigualdade tão grande e tão triste? Políticas Públicas ? Sim, ajudaria, mas o que potencializaria ainda mais essa ajuda seria se os que têm muito pudessem compartilhar 1% com quem não tem. Como?
Bem, apoiando causas sociais, apoiando ONGs que vivem de ajudas e doações. Apadrinhando uma criança. Participando de campanhas, distribuindo alimentos e cobertores, enfim, há diversas formas de ajudar os mais necessitados, porém, acima de tudo, é preciso que essas pessoas carreguem consigo uma coisa que está muito rara hoje em dia: a empatia. Pensa nisso.
Micéia Lima Lima Izidoro é Psicopedagoga e Neuropsicopedagoga na ONG 'A casa do Ney'