PAULISTA

Treinador revela apelo à diretoria: 'não quero atleta acomodado'

Por Luana Nascimbene |
| Tempo de leitura: 3 min
GUSTAVO AMORIM/ PAULISTA FC
Raphael reforçou que todo mundo tem que estar alinhado aos mesmos objetivos
Raphael reforçou que todo mundo tem que estar alinhado aos mesmos objetivos

O novo técnico do Paulista, Raphael Pereira, revelou um apelo que fez à diretoria do clube quando assinou o contrato: sem atletas acomodados no elenco. O comandante afirmou que para jogar no Paulista é necessário ter “objetivo de vida” e vontade de vencer.

Raphael fez a afirmação durante a entrevista coletiva de apresentação no Galo. Além de apontar que não quer contar com jogadores acomodados no elenco, ele também destacou que todos dentro do clube precisam estar alinhados aos mesmos objetivos. “A gente quer fazer um bom trabalho para subir. Esse pensamento de vir para a Série A3 para se manter aqui é pouco. Temos que buscar coisas maiores. A primeira coisa que falei com o presidente é que não queria atleta acomodado, e para essa divisão você tem que ter planejamento, objetivo de vida, saber o que você quer. Quando você vem para o Paulista tem que saber o que quer para a vida, porque a pressão e a cobrança são muito grandes. Quem não tiver pronto para vestir essa camisa, nem venha. Isso serve para jogador ou treinador. Eu sei onde estou pisando, a tradição dessa camisa e o tamanho do clube, e em nenhum momento me omiti ou tive dúvidas. É desafio grande que eu quero e objetivo grande que eu quero, com apoio de todos, não sozinho”, disse o treinador.

O técnico do Galo também revelou como é o seu dia a dia com os jogadores. “Eu sou muito tranquilo. Eu gosto do dia a dia leve, quero que o atleta tenha felicidade, alegria e prazer em trabalhar. Se o atleta chegar estressado ou mal-humorado alguma coisa está errada. Meu ambiente é muito leve, eu deixo todo mundo bem à vontade para trabalhar, claro que com responsabilidade, com cobranças quando tem que acontecer, mas sou muito tranquilo”, comentou.

SAF

Questionado sobre a possibilidade de o clube concretizar a venda da SAF, Raphael afirmou que as partes burocráticas e administrativas não interferem no trabalho dos treinadores, apenas a organização e o planejamento. “A questão de ser clube-empresa,  estatutário ou com seus associados, nós, treinadores, observamos mais a questão da organização, e esse clube é bem organizado já há muitos anos. São mais de cinco, seis anos que não atrasa salários, por exemplo. A questão administrativa e burocrática não importa muito, o que importa é a organização e faz muitos anos que o Paulista é organizado. Todo atleta e treinador que é convidado não pensa duas vezes antes de vir para cá, pela estrutura que tem e o projeto que vem fazendo há muitos anos. Isso [SAF] para nós treinadores não interfere muito”, ressaltou.

FUTEBOL AMADOR

Outro ponto comentado pelo treinador foi a questão de trazer atletas do Campeonato Amador de Jundiaí - tópico que sempre foi levantado por parte da torcida. “Eu vejo um índice muito baixo de atletas que deram certo saindo do amador. [...] Você jogar amador é muito diferente da situação do profissional. Ter 10 mil pessoas aqui te apoiando ou criticando, você precisa estar pronto para isso, e no amador muitas vezes não tem essas questões. É time dos amigos, dos parceiros, não vejo muito essas cobranças, ainda mais numa Série A3 ou Série A4. Numa Bezinha, até dá para ajustar, porque o mercado do amador está concorrendo com a 5ª Divisão. Tem atleta que opta por jogar amador invés da Bezinha por questão financeira, mas na A3 muda o sarrafo e é totalmente diferente”, explicou Raphael.

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