DESLIZAMENTOS

Várzea Paulista terá apartamentos para quem perdeu a moradia

Por Redação | Prefeitura de Várzea Paulista
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Divulgação / Prefeitura de Várzea Paulista
O projeto apresentado no encontro indica como o empreendimento deve ficar quando for entregue, no segundo semestre do próximo ano
O projeto apresentado no encontro indica como o empreendimento deve ficar quando for entregue, no segundo semestre do próximo ano

Várzea Paulista inicia um marco na construção habitacional: a cidade será a primeira do país a erguer prédios de quatro pavimentos com tecnologia em “Light Steel Frame”. O empreendimento, composto por 66 apartamentos divididos em duas torres, será destinado preferencialmente às famílias atingidas pelo deslizamento ocorrido em dezembro de 2024, na Vila Real, divisa com Jundiaí (Ivoturucaia).

O anúncio da obra ocorreu nesta quinta-feira (11), no auditório da Praça CEU, com a presença do prefeito Rodolfo Braga, gestores municipais e executivos, representantes das empresas responsáveis pela execução e CDHU. As obras começam já na próxima semana, com previsão de entrega em setembro de 2026.

Etapas da obra

Com o início já nesta semana, a primeira etapa terá a limpeza da área e topografia. A terraplanagem será concluída logo na sequência. Posteriormente, começa a execução da infraestrutura, que já conta com todos os projetos executivos aprovados.

Em seguida, inicia-se os levantamentos das torres em Light Steel Frame – previsto já para o início de 2026. A expectativa é de que a entrega final seja feita em 10 meses, com a primeira fase em abril de 2026 e conclusão no segundo semestre do mesmo ano.

O empreendimento é fruto do convênio firmado entre a prefeitura e o Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).

Segundo Marcelo Zanini, diretor da empresa MChecon, o uso do sistema construtivo em aço, conhecido como Light Steel Frame, representa uma revolução no tempo e na qualidade da entrega. “Enquanto os empreendimentos convencionais levam cerca de três anos para ficarem prontos, esse modelo possibilita a construção em até um ano. É sustentável, não gera resíduos na base civil, consome menos água e facilita a manutenção predial no futuro”, explica. As paredes também oferecem isolamento térmico, mantendo a temperatura interna mais estável.

O prefeito Rodolfo Braga destacou que o projeto alia inovação e responsabilidade social. “Quando tiramos um projeto como esse do papel, não é apenas a cidade que cresce. Ganha a economia local, porque atrai empresas, gera empregos e movimenta o comércio. Mas, acima de tudo, ganha a população, que passa a viver em um espaço digno, moderno e seguro”, contemporizou.

Infraestrutura e sustentabilidade

O conjunto habitacional terá área de lazer, playground, estacionamento para moradores e visitantes, hall de convivência, além de infraestrutura preparada para receber elevador e geração de energia solar. Todos os apartamentos terão 44m², divididos em dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro. A medição de água, energia e gás será individualizada.

No entorno do empreendimento, a prefeitura fará a compensação ambiental, com o plantio de mais de 500 árvores, preservando o equilíbrio ecológico da região.

Compromisso da gestão

A gestora municipal de Urbanismo e Habitação, Karen Gabrieli Corsini, ressaltou o papel social da iniciativa. “Essas moradias representam um recomeço. Assim que a obra for concluída, serão contempladas as famílias que foram classificadas em risco pela Defesa Civil, diante do desastre ocorrido em dezembro de 2024. É um compromisso do município com quem mais precisa”, explica.

Já o gestor executivo de Governo e Administração, Frederick Merten, reforçou a importância do modelo adotado. “É um empreendimento que combina rapidez de execução, sustentabilidade e eficiência. Um modelo que pode servir de referência para outras cidades”.

Participaram do encontro Silvio Bersan, Gerente de obras da CDHU; Carlos Alvin, Coordenador de Obras da CDHU; Sergio Serra, Coordenador de obras Sondotécnica; Darcio Nakayama, Marcelo Zanini, diretor da empresa MChecon; Coordenador de Projetos Sondotécnica; José Ricardo Araujo, Supervisor de Obras Sondotécnica; Guiomar Rocha Giaretta, Fiscal de Obras Sondotécnica; Gabriele Chagas, Técnica de Obras Sondotécnica; Edinaldo Gomes, Engenheiro Responsável Engemais; Felipe Sampaio, Engenheiro residente da Engemais; dos gestores da Prefeitura participaram também: Marcos Faria Gestor Executivo de Habitação e Regularização Fundiária, Cleverson Néri Gestor Executivo de Planejamento Urbano.

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