Aniversariante do dia, o radialista e jornalista Adilson Freddo, da Rádio Difusora Jundiaí (810 AM), compartilhou histórias dos seus 43 anos de profissão, principais inspirações no rádio, coberturas marcantes, premiações que recebeu ao longo da trajetória e ensinamentos que passou para o seu filho Heitor.
O bate-papo aconteceu no programa Band Entrevista, da Band Campinas, que foi ao ar no último domingo (7), e está disponível no canal do Youtube da emissora. A atração foi comandada pelos apresentadores Edison Souza e Laís Peçanha, em comemoração ao Dia do Rádio, que é celebrado no dia 25 de setembro.
FÁBRICA DE EMOÇÕES
Locutor e apresentador dos programas “Difusora Acontece” e “Show de Bola”, Freddo falou sobre a sensação de transmitir emoção pela rádio e a magia de transportar os ouvintes pela imaginação. “É como pintar um quadro. Você tem que descrever ponto a ponto para que as pessoas possam viajar juntas, mesmo sem ter as imagens. Sejam em partidas de futebol ou entrevistas”, disse Adilson, citando uma das suas entrevistas mais marcantes na rádio. “Quando eu estava na rádio CBN, o então senador Fernando Henrique Cardoso foi dar uma entrevista para mim e chegou com uma bengala, porque ele tinha um problema de hérnia de disco. E antes de começar o programa, ele perguntou para mim se podia dar a entrevista deitado no chão por causa das dores nas costas. E eu descrevi toda essa cena para os ouvintes”, contou o radialista.
Além das entrevistas marcantes, Freddo também fez e continua fazendo história nas transmissões de futebol, principalmente nos jogos do Paulista de Jundiaí, time que é sua grande paixão. “O primeiro jogo que assisti foi em 1969, com meu pai. O Paulista subiu para a Primeira Divisão em 68 e o Santos foi o primeiro adversário grande aqui em Jundiaí. E quem estava no Santos? O rei Pelé. Dali em diante virou uma paixão, não pelo Santos, mas pelo Paulista de Jundiaí”, comentou.
Com as coberturas jornalísticas, seja como narrador ou repórter, Adilson conheceu 23 capitais do Brasil e mais de 100 estádios transmitindo jogos do Galo da Japi. Apesar de não narrar mais jogos desde 2012, Freddo continua fazendo parte de todas as transmissões do Paulista, junto com o Time Forte do Esporte na Difusora, e carrega lembranças das premiações que recebeu ao longo da sua trajetória como a voz do gol. “O maior de todos foi da Associação Brasileira dos Cronistas Desportivos, em 2005, quando o Paulista ganhou a Copa do Brasil. Fui à Brasília receber o prêmio no Memorial JK e recebi das mãos do então ministro Agnelo Queiroz. Também teve prêmio da Assembleia Legislativa de São Paulo, alguns na Câmara de Jundiaí e do Exército Brasileiro, que eu orgulhosamente servi em 1978. Todas as conquistas eu sempre divido com minha equipe, porque ninguém faz nada sozinho”, ressaltou Adilson.
DE PAI PARA FILHO
A paixão pelo rádio e pelo jornalismo foi passada de pai para filho. Adilson lembra com carinho de quando o seu filho Heitor, ainda criança, começou a acompanhar sua rotina no rádio. “O Heitor me acompanhava em algumas transmissões e a primeira coisa que ele fez na rádio, aos 11 anos, foi anotar palpites de jogos de futebol de um concurso que fazíamos aos ouvintes. Um pouco mais tarde, quando fui trabalhar na CBN, o Heitor, pequeno ainda, conheceu as ‘feras’ da época e eu perguntava se ele tinha certeza que queria seguir na mesma profissão que eu. E ele sempre respondia: ‘quero ser jornalista’”, revelou Adilson.
E assim como Heitor tem seu pai como maior inspiração na carreira, Adilson também carrega suas referências do rádio. “No futebol não vejo ninguém melhor que o Osmar Santos. De âncoras gostava muito do Zé Paulo de Andrade e Heródoto Barbeiro. E falando de programa musical, o Hélio Ribeiro foi o maior comunicador que já ouvi”, completou o apresentador da Difusora.
