TARIFAÇO NA REGIÃO

Em Jundiaí, impacto com tarifaço pode chegar a US$ 180 milhões

Por SIMONE DE OLIVEIRA | JORNAL DE JUNDIAÍ
| Tempo de leitura: 2 min
DIVULGAÇÃO/FREEPIK
O impacto exato dependerá do percentual de exportações destinado aos EUA em cada segmento, mas estima-se uma possível retração de até 30%
O impacto exato dependerá do percentual de exportações destinado aos EUA em cada segmento, mas estima-se uma possível retração de até 30%

Os reflexos do Tarifaço imposto pelos EUA, em vigor desde o início de agosto, já estão sendo sentidos e contabilizados por setores da economia e, em Jundiaí, não é diferente. O município é apontado com um dos pólos importantes de exportação no Estado, com foco nos transformadores elétricos e produtos de origem animal, além de frutas, com impacto que pode chegar a US$ 180 milhões, segundo levantamento feito pelo jornal Estadão.

De acordo com a Unidade de Gestão de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (UGDECT) realmente já é possível identificar potenciais reflexos para Jundiaí, em especial em setores que envolvem a exportação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, segmentos relevantes na pauta exportadora do município, mas o impacto exato dependerá do percentual de exportações destinado aos EUA em cada segmento, mas estima-se uma possível retração nas exportações da ordem de 10% a 30%.

“Entre os principais impactos previstos está a redução da demanda por produtos exportados localmente, com destaque para os segmentos ligados à cadeia química e de insumos industriais. Esse cenário pode provocar uma desaceleração industrial, levando empresas a adiarem investimentos e contratações, o que pode gerar efeitos na geração de empregos e no desempenho da economia local como um todo”, adianta o diretor de Fomento ao Comércio e Serviços, Gilson Pichiolli.

Embora a unidade não disponha do número total de empresas exportadoras cadastradas, o valor exportado pelo município no período de janeiro a julho de 2025 já soma US$ 160.060.080 (FOB). O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) – Regional Jundiaí atualmente cerca de 54 empresas emitem certificados de origem para exportação na entidade.

A sigla em inglês FOB (Free on Board) ou livre a bordo, é utilizado no comércio internacional para definir um tipo de frete onde o vendedor é responsável pela mercadoria o momento em que ela é embarcada, principalmente em navio no porto de origem do comprador.

O levantamento feito pelo Estadão leva em conta os 30 produtos mais exportados pelo Brasil aos EUA em 2024 e os segmentos que foram alvo da sobretaxa adicional de 40% decretada por Trump no dia 30 de julho.

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