EM BOAS MÃOS

Cuidadores de pet oferecem amor, disciplina e companhia

Por SIMONE DE OLIVEIRA | JORNAL DE JUNDIAÍ
| Tempo de leitura: 4 min
DIVULGAÇÃO/ARQUIVO PESSOAL
Bruno Rezzaghi Pierobon fez da ajuda a uma amiga sua profissão e hoje tem clientes fixos que não abrem mão de seu trabalho
Bruno Rezzaghi Pierobon fez da ajuda a uma amiga sua profissão e hoje tem clientes fixos que não abrem mão de seu trabalho

Em meio a passeios, limpeza de espaços, troca de alimentação e remédios, os cuidados de animais de estimação, em especial de cães e gatos domésticos,  tornam-se mais que uma dedicação e dom. Em muitos casos, viram profissão e ganho de renda extra. Os conhecidos pet sitters já são uma realidade em nossa cidade, que inclui também o cuidado com felinos. 

Há sete anos, Bruno Rezzaghi Pierobon, de 25 anos, fez da ajuda a uma amiga sua profissão. Tornar-se pet sitter foi uma maneira de ganhar dinheiro e ser reconhecido. “No início, era apenas para me manter ocupado até conseguir um emprego, mas quando tive a oportunidade de voltar para este mercado percebi que poderia montar uma carreira no segmento e, cá estou, três anos depois, superfeliz, podendo ajudar as pessoas e seus pets.”

Com uma rotina de passeios individuais, limpeza de ambiente e cuidado com a alimentação, o trabalho tem também uma dose de amor aos animais. “Hoje eu tenho oito clientes fixos, que atendo de segunda a sábado, além de 10 a 15 clientes que precisam dos meus serviços, principalmente, aos finais de semana e feriados. Em sua maioria, pessoas que trabalham o dia todo e precisam de alguém para auxiliar nos cuidados de seus pets.”

Bruno Rezzaghi Pierobon, de 25 anos, fez da ajuda a uma amiga sua profissão e ganha-pão

Foco nos gatos 

Aos 37 anos, a bibliotecária e cat sitter Maiara Durante Pereira descobriu que poderia incluir na rotina de funcionária pública algo que pudesse agregar renda, mas ao mesmo tempo em que lhe desse bem-estar. Amante dos animais, incluindo os gatos adultos, se especializou no cat sitter.

“Eu realizo visitas diárias na casa das famílias, cuidando das necessidades básicas dos gatos, como troca de água, limpeza de caixa de areia, troca/reposição de ração. Durante essas visitas também brinco, ofereço distração aos gatinhos, petiscos, carinhos. Como os gatos tendem a esconder muito bem qualquer sintoma de desconforto, então é muito importante ter alguém que saiba perceber os detalhes e esteja pronto para agir em caso de alguma necessidade”, diz Maiara.

Em quatro anos de trabalho já foram 20 famílias atendidas e 150 períodos de atendimento. "É um trabalho muito importante para o bem-estar e segurança dos felinos.

Em geral, as famílias me contratam quando vão viajar, mas também há alguns tutores que ficam muito tempo fora de casa por questões de trabalho e precisam de alguém para auxiliar nos cuidados, oferecer mais companhia e estímulos aos gatinhos.”

A administradora e cat sitter Andressa Uchoa Nunes, de 31 anos, tutora dos gatos Boris, Chanel e John Snow, teve o primeiro contato com a profissão de cat sitter quando morava nos Estados Unidos. Os vizinhos na época pediram ajuda para cuidar dos pets e, como se saiu bem, recebeu um pagamento e até foi contratada novamente.

“Percebi que podia unir o amor pelos gatos com uma renda extra. Então comecei a me preparar, estudando sobre comportamento felino e os cuidados necessários porque amar animais é essencial, mas oferecer esse tipo de serviço exige também conhecimento, responsabilidade e atenção aos detalhes.”

Com atendimento em mais de 80 lares e mais de 500 visitas, Andressa sabe da importância de oferecer carinho e acolhimento aos animais. “As pessoas têm um vínculo afetivo com seus animais e buscam sempre pelo conforto e segurança deles, por isso contratam profissionais.”

Em Jundiaí, segundo o Departamento de Licenciamento de Atividades, não há uma classificação específica para “pet sitters”, porém com base nos dados disponíveis até julho, os totais de MEIs inscritos em atividades ligadas ao cuidado com animais estão 103 em embelezamento de animais; 12 em adestramento; 6 em tratamento ou higiene; 4 em guarda e alojamento.

Vale lembrar que os dados refletem o panorama formal dos microempreendedores que atuam em atividades voltadas aos cuidados com cães, gatos e outros animais de estimação no município.

Em quatro anos de trabalho, Maiara Duarte já atendeu 20 famílias totalizando 150 visitas

Em Jundiaí, segundo o Departamento de Licenciamento de Atividades, não há uma classificação específica para “pet sitters”, porém com base nos dados disponíveis até julho, os totais de MEIs inscritos em atividades ligadas ao cuidado com animais estão 103 em embelezamento de animais; 12 em adestramento; 6 em tratamento ou higiene; 4 em guarda e alojamento.

Vale lembrar que os dados refletem o panorama formal dos microempreendedores que atuam em atividades voltadas aos cuidados com cães, gatos e outros animais de estimação no município.

“Percebi que podia unir o amor pelos gatos com uma renda extra", diz Andressa Nunes

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