DIA DA AMAMENTAÇÃO

Leite materno ou em fórmula, a escolha deve ser respeitada

Por SIMONE DE OLIVEIRA | JORNAL DE JUNDIAÍ
| Tempo de leitura: 3 min
DIVULGAÇÃ/ARQUIVO PESSOAL
Juntas, Lívia e Laura consomem 20 mamadeiras de leite preparado
Juntas, Lívia e Laura consomem 20 mamadeiras de leite preparado

Alimentar o bebê com leite 100% materno é o sonho da maioria das mães, porém, por diferentes motivos, nem sempre isto é possível. Nestes casos, as fórmulas infantis como complemento alimentar têm sido aliadas para o crescimento e alimentação saudável dos bebês. No dia da amamentação, o lema é respeitar cada momento.

Assim tem sido para as gêmeas Laura e Lívia, de apenas um mês e meio, que se alimentam de fórmula para ganhar peso e complementar o leite da mãe. Apesar de uma notícia triste para os pais, sabem que foi a melhor decisão que tiveram. O que seria complemento, agora é a principal alimentação de ambas.

“Primeiro a orientação é que a amamentação com a fórmula fosse a cada duas horas para elas ganhassem peso. A Laura, por exemplo, nasceu com apenas 2,770 quilos e 49,5 cm e a Lívia com 2,749 quilos. Infelizmente, a Lívia não pegou peito desde a época que estava no hospital aí compramos a bombinha e começamos a tirar o leite materno e colocar na mamadeira para ela engordar. A Laura já pegou melhor o bico do peito, porém como a Jennifer tem problema de pressão acabou ficando sem leite e ficamos só com a fórmula”, diz o pai das gêmeas, Matheus Nogueira Antunes.

Atualmente, ambas tomam em média 10 mamadeiras por dia cada uma, sendo que as latas custam em média R$ 33. “Ficamos chateados pelo fato de que o leite materno é essencial para nutrição dos bebês e o custo é gratuito, porém não tivemos para onde correr e introduzimos a fórmula”, comenta ele.

Como explica a pediatra e especialista em alergia e imunologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Ana Paula Zanin dos Santos Felgueiras, o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida deve ser continuado nos meses subsequentes com a introdução simultânea da alimentação complementar, mas quando não é possível, é preciso orientação para as substituições.

"Quando o aleitamento materno não é possível, faz-se necessário utilizar seus substitutos, especialmente no primeiro ano de vida, fase de crescimento acelerado, que exige aporte adequado de proteínas de alto valor biológico e cálcio. A melhor opção disponível para substituir o leite materno é o uso de fórmulas infantis como alternativa alimentar para garantir a oferta nutricional e a manutenção do bem-estar biopsicossocial da mãe e do lactente".

Segundo orienta, as fórmulas infantis de partida (para lactentes do nascimento até seis meses) e as de seguimento (para lactentes a partir dos 6 meses) ou de primeira infância (para crianças de 1 a 3 anos) seguem criteriosas exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mas as indicação da faixa etária deve ser individualizada.

A pediatra Ana Paula Felgueiras, reforça que a substituição deve ser feita sempre com orientação profissional 

Banco de leite

Para quem tem leite de sobra e deseja fazer um ato de amor, o Banco de Leite de Jundiaí faz a captação junto às mães que estão amamentando. Só no mês de junho, dos 156 litros coletados, 129 deles foram distribuídos, atendendo pelo menos 53 recém-nascidos.

Os leites são enviados aos hospitais como forma de ajudar os recém-nascidos que estão em UTIs ou que precisam de alimentação antes de alta. Mais informações pelos telefones (11) 4521- 7244; 4527-5700; ou 0800-0178155.

A amamentação em seus diferentes momentos é importante para mãe e para o bebê, mas todas as etapas devem ser respeitas

Comentários

Comentários