CIDADE DE JUNDIAÍ

Logística é campeã de acidentes de trabalho em Jundiaí

Por Redação |
| Tempo de leitura: 2 min
Fernando Frazão / Agência Brasil
O perfil dos acidentes de trabalho mudou ao longo dos anos em Jundiaí
O perfil dos acidentes de trabalho mudou ao longo dos anos em Jundiaí

É inegável que o ramo da logística teve crescimento em Jundiaí nos últimos anos. Impulsionada pelo e-commerce, a logística na cidade, com acesso a grandes rodovias,  cresceu vertiginosamente, principalmente desde a pandemia da covid-19. No entanto, ao passo que a logística cresce na cidade, também há uma mudança no perfil de acidentados no trabalho. Os trabalhadores do ramo hoje são os que mais são afastados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A logística em Jundiaí emprega atualmente cerca de 17,7 mil pessoas com carteira assinada, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Desde 2020, 2,4 mil vagas foram abertas no setor em Jundiaí.

No entanto, por se tratar de um trabalho que muitas vezes é braçal e pesado, como carga e descarga de caminhões, é também um dos principais responsáveis por afastamentos pelo INSS na cidade, de acordo com dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

No ano passado, dado mais recente, Jundiaí teve 36 pessoas afastadas do trabalho de transporte rodoviário de carga por motivo de acidente, o que corresponde a 6,57% do total de trabalhadores afastados na cidade. O segundo setor com mais afastamentos por acidentes foi o de supermercados, com 27 pessoas (4,93%).

Em 2012, por exemplo, ano em que as estatísticas começaram, o setor que mais afastava trabalhadores por motivo de acidente em Jundiaí era o de comércio varejista de mercadorias em geral, sem predominância de produtos alimentícios. Naquele ano, foram 93 afastados (13,7%). O transporte rodoviário de cargas figurava em 4º lugar, com 17 afastamentos (2,5%).

Com relação aos afastamentos não acidentários, o setor que mais afasta trabalhadores em Jundiaí também é o de transporte rodoviário de cargas, com 326 casos no ano passado, o que equivale a 4,92% do total. Em segundo lugar, vem os supermercados, com 259 afastamentos (3,91%).

Quando analisados os motivos de afastamentos no transporte rodoviário de cargas de Jundiaí, as fraturas foram a principal causa acidentária em 2024 (63,9%), seguidas pelos problemas osteomusculares e em tecido conjuntivo (19,4%) e luxações (8,33%). Já os afastamentos não acidentários têm em primeiro lugar os problemas osteomusculares e em tecido conjuntivo (23,1%), as fraturas (21,8%) e as doenças mentais e comportamentais (13,9%).

Destrinchando mais os motivos, as principais fraturas acidentárias no transporte rodoviário de cargas em Jundiaí em 2024 são na perna ou tornozelo e no punho ou na mão. Já o principal problema osteomuscular e em tecido conjuntivo é a dorsalgia (dor nas costas). Já quando se olha para os afastamentos não acidentários, o principal motivo é o transtorno ansioso (ansiedade), seguido pela fratura de perna ou tornozelo.

Comentários

Comentários