O repórter esportivo Luiz Antônio de Oliveira, de 84 anos, mais conhecido como “Cobrinha”, recebeu alta médica na manhã de ontem (23), após ficar seis dias internado no hospital por pneumonia. Ele agradeceu o carinho e as orações dos ouvintes durante sua recuperação e contou que não vê a hora de voltar ao trabalho.
O mais respeitado repórter esportivo de Jundiaí e um verdadeiro conhecedor de tudo que envolve o Paulista e o futebol amador da cidade, Cobrinha faz parte do dia a dia da Rádio Difusora desde 1975. Com seu radinho incansável e seus bordões marcantes, como o “futebol amador é comigo mesmo”, o radialista sempre foi respeitado e admirado por todos. E durante sua recuperação no hospital não faltaram demonstrações de apoio e carinho.
Cobrinha foi fazer exames no hospital na quinta-feira, após ter sintomas de gripe, e na sexta-feira precisou ser internado. “Acho que muitos pensaram que eu tinha ido viajar, e isso seria a última coisa que eu faria. Estava louco para voltar a trabalhar, se dependesse de mim eu gravaria o programa de dentro do hospital”, disse Cobrinha, rindo.
Agora repousando em casa, o radialista disse que ainda não tem previsão para voltar aos campos da cidade, mas brincou com a situação do Paulista. “Ainda não tem um prazo certo, vai depender da melhora do estado de saúde, dia após dia, mas terei que ficar de repouso pelo menos mais uma semana. Mas vou voltar no melhor momento do Paulista, espero que quando eu retornar o time já esteja classificado”, disse Cobrinha.
TRAJETÓRIA
Jundiaiense de coração, Luiz Antônio de Oliveira nasceu em Gália-SP, em dezembro de 1940. Também morou em Tupã-SP, até se mudar para Jundiaí em 1955. Os caminhos de Cobrinha com o rádio se encontraram em 1966, na Terra Querida, quando ele recebeu o convite do radialista Rolando Giarolla para cobrir o futebol amador da cidade. Durante a cobertura da final do Amador de 1974, pela rádio Santos Dumont, Cobrinha recebeu um convite feito por Hélio Luiz e Dr. Tobias Muzaiel para trabalhar na Difusora e, até hoje, é um dos maiores símbolos da rádio.
Antes de trabalhar com os microfones e seu famoso e inseparável gravador, Cobrinha também fez história com o futebol dentro de campo, que, inclusive, foi onde ganhou seu apelido. Embora não existam registros em vídeo desses momentos, o seu Luiz Antônio (talvez ninguém o chame dessa forma) era conhecido por ter uma velocidade grande nas pernas, com dribles fáceis e jogadas "lisas".
Em Jundiaí, passou pelo Paulista - tanto no futebol profissional quanto no time amador, além dos veteranos nos anos 1980. Em 1990 vestiu a camisa do: Vila Comercial, Operário, Nova Estrela, Ouro Branco, Jabaquara, Floresta, Ponte Preta da rua Pirapora, Guarani da rua Pirapora, São Camilo, Grêmio Desportivo Brasil, Paulistano de Jundiaí, São Paulo, Continental, Rio Branco da Vila Rio Branco, Primavera, Santa Cruz, Vila Mafalda, Estrela da Ponte, Ponte Preta da Agapeama, Independente, Caxambu, União Brasil, Sete de Setembro, Vila Rami, Juventus, Máquinas Glória, Vai Quem Quer, SE Oscar, Esportiva de Várzea Paulista e Nacional de Campo Limpo.
