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Morre José Maria Marin, ex-governador e ex-presidente da CBF

Por Da redação | São Paulo
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
José Maria Marin tinha 93 anos
José Maria Marin tinha 93 anos

Morreu na madrugada de sábado para domingo, aos 93 anos, o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e ex-governador de São Paulo, José Maria Marin. Ele deixa esposa, um filho e dois netos.

O ex-dirigente estava em casa, na capital paulista, quando passou mal e foi levado ao Hospital Sírio-Libanês. Não resistiu e teve o óbito confirmado às 3h30 da manhã deste domingo (20).

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Marin já estava com a saúde bastante fragilizada. No fim de 2023, sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e precisou ser internado. Desde então, seu estado era considerado delicado, e ele vinha recebendo cuidados médicos constantes. Nos últimos anos, vivia de forma reclusa em São Paulo. O velório acontece neste domingo, entre 13h e 16h, na Funeral Home, no bairro da Bela Vista.

Figura central de uma das fases mais controversas da história recente da CBF, Marin presidiu a entidade entre 2012 e 2015. Coube a ele liderar o futebol brasileiro durante a realização da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014, ambas no Brasil. Foi, portanto, sob sua gestã que a seleção brasileira sofreu a histórica derrota por 7 a 1 para a Alemanha, no Mineirão — um dos maiores traumas esportivos do país.

Condenado por crimes como lavagem de dinheiro, fraude bancária e conspiração, Marin tornou-se o primeiro dirigente brasileiro de alto escalão a ser preso no escândalo da Fifa. Ele foi extraditado aos Estados Unidos, onde cumpriu pena em Nova York. Em 2020, por motivos de saúde e idade avançada, foi autorizado pela Justiça americana a cumprir o restante da sentença em prisão domiciliar no Brasil.

Antes de se tornar dirigente esportivo, Marin teve carreira política longa e alinhada à ditadura militar. Foi vereador da cidade de São Paulo entre 1963 e 1970, deputado estadual por cinco mandatos, e vice-governador de Paulo Maluf. Em 1982, assumiu o governo paulista interinamente por cerca de dez meses. Filiado à Arena, partido de sustentação do regime, chegou a fazer pronunciamentos elogiosos ao delegado Sérgio Fleury, símbolo da repressão política durante os anos de chumbo.

* Com informações do jornal O Globo

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