A Polícia Militar prendeu, na tarde desta segunda-feira (7), em Buritama, um homem de 33 anos acusado de matar a ex-companheira durante a festa de aniversário da vítima, na cidade de Penápolis. O crime, ocorrido na noite de sexta-feira (4), causou comoção na região.
A prisão foi possível graças a uma denúncia anônima recebida pelo COPOM (Centro de Operações da Polícia Militar), que informou sobre a presença do suspeito escondido em uma residência no bairro rural de Buritama. O imóvel pertence a um casal de idosos, apontados como padrinhos do acusado, que desconheciam os motivos da visita.
Os policiais CB Freitas e SD Lourençato juntamente com a equipe da Atividade Delegada CB Lucas e SD Borges, foram até o local e realizaram buscas no imóvel, localizando o homem escondido em um dos quartos. Durante a abordagem, nada de ilícito foi encontrado em sua posse, e a arma do crime uma pistola calibre 38 não foi localizada. Ao ser questionado, o suspeito alegou ter “perdido” o armamento, sem fornecer detalhes sobre as circunstâncias.
Ele foi conduzido ao Plantão Policial de Buritama, onde permanecerá à disposição da Justiça. O delegado responsável pelo caso, da Polícia Civil de Penápolis, deslocou-se até a cidade para conduzir os procedimentos e o interrogatório.
O crime
O feminicídio aconteceu na noite de sexta-feira, quando a vítima comemorava seu aniversário em uma área de lazer de Penápolis. O suspeito, inconformado com o fim do relacionamento de cerca de sete meses, invadiu o local e efetuou disparos que atingiram o peito da mulher. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
Logo após o crime, o homem fugiu, abandonando o carregador da arma no local. Testemunhas relataram que alguns convidados tentaram impedi-lo, mas foram ameaçados e desistiram da perseguição.
O acusado já possuía um histórico de violência doméstica contra a vítima e havia sido preso poucos dias antes por ameaça e agressões. Mesmo com uma medida protetiva em vigor, o autor descumpriu as determinações judiciais e cometeu o assassinato.
Prisão preventiva
Inicialmente, a Justiça havia negado o pedido de prisão. No entanto, com a gravidade do crime e o histórico de violência, o Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva no sábado (5), atendendo ao pedido do Ministério Público.
A rápida atuação da Polícia Militar permitiu que o acusado fosse localizado e preso em pouco mais de 48 horas após o crime. Ele responderá por feminicídio qualificado e pode enfrentar pena de até 40 anos de prisão. A Polícia Civil segue com as investigações para esclarecer todos os detalhes do caso.
