OPINIÃO

Uma vida só e uma partida acompanhada


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Caro leitor, hoje eu quero falar a respeito da vida e do quão preciosa ela é. O mundo acompanhou o drama da Juliana que perdeu a vida durante a realização de uma trilha que ocasionou em um escorregão que a manteve reclusa na parede de um vulcão.

Bem, infelizmente, acidentes acontecem e neste lugar no qual a Juliana estava, outros desbravadores também perderam a vida neste tipo de aventura. Mas, o que chocou o mundo, não foi o acidente em si, mas o que levou à morte da jovem Juliana.

Se o resgate tivesse ocorrido em questão de horas, a Juliana estaria entre nós para nos contar a respeito de todo esse acidente, porém, infelizmente, não foi o que aconteceu.

Bem, meu caro leitor, a questão que quero abordar aqui não é a respeito do acidente, mas sim, do pós. O mundo se perguntou a respeito do motivo da grande demora em resgatar Juliana. Diversos fatores foram explanados nas mídias mundiais, enquanto Juliana continuava só, isolada em uma parte do mundo onde, segundo autoridades e especialistas, é um local de dificuldade extrema de acesso.

Enquanto o mundo acompanhava com apreensão e esperança por um desfecho feliz, Juliana estava ali, só. Até que um anjo chamado Agam Rinjani entrou na cena carregando, além de toda a sua bagagem de experiência, dois fatores primordiais que tornaram possível esse resgate: coragem e força de vontade.

Sim, Agam Rinjani e sua equipe se compadeceram da situação de Juliana e, com muita coragem e bravura, arriscaram as suas vidas em prol de uma pessoa que eles não conheciam, mas que eles sabiam que estando viva ou não, essa pessoa não merecia ficar ali, naquele vulcão, longe da sua família e amigos para uma última despedida.

E enfrentando todas as dificuldades extremas do local e arriscando suas vidas, esse grupo corajoso chegou até Juliana que, mesmo sem vida, não estava só durante a sua partida, pois passou as suas últimas horas no vulcão sendo velada e protegida para que o seu corpo não deslizasse ainda mais para dentro daquele vulcão. ?

Embora Juliana tenha ficado dias sozinha, a sua triste partida foi acompanhada e o seu corpo foi velado por anjos corajosos e bondosos.

Tudo isso nos mostra que, embora existam dificuldades no nosso caminho, quando existe empatia e força de vontade,é possível realizar o que parece ser impossível. Pense nisso.

Descanse em paz, Juliana! Saiba que o mundo inteiro esteve junto com você durante os seus últimos dias aqui.

Micéia Lima Izidoro é professora (miceialimaizidoro@gmail.com)

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