
O sorriso inocente de Sophie Eugênia Borges, de apenas 10 meses, foi seu último gesto de carinho ao pai, João Augusto de Almeida, antes de ser cruelmente asfixiada por ele.
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A tragédia aconteceu em Campo Grande e culminou na prisão de João nesta terça-feira (27). A menina havia acabado de aprender a andar e brincava sobre a cama quando foi atacada.
De acordo com a investigação, João não possuía antecedentes criminais, mas chocou até os policiais mais experientes pela frieza ao relatar, com riqueza de detalhes, como tirou a vida da filha e da esposa, Vanessa Eugênia Medeiros, e depois ateou fogo aos corpos.
Conforme o delegado responsável pelo caso, Rodolfo Daltro, João descreveu que encontrou a filha no quarto, rodeada de brinquedos, e que ela sorriu ao vê-lo entrar. Sem demonstrar qualquer arrependimento, ele então pegou a bebê pelo pescoço e a asfixiou.
O crime foi cometido durante o intervalo de almoço do autor, que trabalhava em uma distribuidora de bebidas. João alterou o horário habitual, que era das 12h às 14h, para das 15h às 17h, a fim de executar o plano.
Segundo as apurações, João havia decidido matar Vanessa e Sophie cerca de dois meses antes do crime, motivado por questões financeiras, especialmente para evitar o pagamento de pensão alimentícia e as despesas relacionadas à criação da filha.
Ainda conforme a polícia, Vanessa mantinha uma conta em uma rede social de conteúdo adulto, mas João afirmou que sempre soube da atividade e garantiu que ela não lucrava com as postagens. O delegado destacou que a motivação do crime não teve relação com isso, mas sim com o incômodo de João em ter que arcar com as despesas familiares.
O caso gerou intensa comoção e reforçou o debate sobre a violência doméstica e o feminicídio no país. As investigações seguem em andamento.