OPINIÃO

Família


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A família é o meio para que nós, espíritos imortais, possamos aprender a pensar no outro, conviver com o diferente, vivenciar a tolerância e a resignação, exercitar o perdão e assim desenvolvermo-nos mais rapidamente. É uma instituição divina, com planejamento que antecede a atual encarnação, e que tem por objetivo o crescimento espiritual de todos os seus membros.

O lar é a melhor escola para nós espíritos encarnados, onde devemos receber as bases do sentimento e do caráter e no qual aprendemos a conviver fraternalmente e a amarmos de diferentes formas. Os estabelecimentos de ensino do mundo podem instruir, mas só o instituto da família pode educar e, se ela falhar, a sociedade sofrerá as consequências trágicas deste fracasso.

Por desconhecer a finalidade da família, alguns duvidam de sua importância, desprezam sua estrutura e desvalorizam seus laços consanguíneos e afetivos. Mas, segundo Joana de Ângelis, “A família é a base fundamental sobre a qual se ergue o imenso edifício da sociedade. Toda vez que a família se enfraquece a sociedade experimenta conflitos, abalada nas suas estruturas.” Se houvesse o relaxamento dos laços de família, haveria uma recrudescência do egoísmo, atrasando sobremaneira a evolução da humanidade.

Pouco importa o lado formal da família e qual a estrutura que ela apresenta atualmente. O que realmente importa é aproveitarmos a oportunidade de aprendizado através da convivência, que poderá ser de carinho e alegrias com nossos afetos, ou de conquistas futuras com os desafetos do momento. Esta é a grande proposta do Criador para estabelecer na Terra a Família Universal, a humanidade unida pelos laços do respeito e da fraternidade.

Uma de nossas tarefas mais importantes é trabalharmos a boa convivência na família. Na sociedade poderemos ser excelentes profissionais, pessoas de fama e projeção social, mas, se no lar estivermos devendo paciência, perdão, tolerância, respeito e atenção, de nada nos valerá a evidência no mundo, pois estaremos falhando em nossos maiores compromissos, e nada disso é mais importante do que o sucesso nas nossas relações familiares.

Os laços de família não são só os da consanguinidade, mas também os da simpatia e da comunhão de pensamentos que nos unem antes, durante e após nossas encarnações. Joana de Ângelis nos ensina que: “Esse grupamento familiar não é resultado casual de encontros apressados no mundo físico, havendo ocorrido nas esferas espirituais antes do renascimento orgânico, quando são desenhadas as programações entre os espíritos comprometidos, positiva ou negativamente, para os ajustamentos necessários ao progresso a que todos se encontram submetidos. Analisando-se as necessidades evolutivas, aqueles que se encontram com responsabilidades a cumprir juntos, constatam a excelência do cometimento que lhes ensejará reparação e crescimento intelecto-moral, em face dos erros passados, facultando-se a tolerância e o perdão das ofensas como fundamentais para a aquisição da harmonia.”

Eduardo Battel é médico urologista, expositor espírita e coordenador da Liga de Medicina e Espiritualidade da FMJ

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