MEIO AMBIENTE URBANO

Campinas lança projeto de microflorestas para reduzir calor

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/PMC
Iniciativa visa combater ilhas de calor, melhorar a qualidade do ar e ampliar o sombreamento nas áreas urbanas com aglomerados de árvores.
Iniciativa visa combater ilhas de calor, melhorar a qualidade do ar e ampliar o sombreamento nas áreas urbanas com aglomerados de árvores.

A Prefeitura de Campinas apresentou nesta quarta-feira (26) o projeto de implantação das chamadas microflorestas urbanas, uma estratégia ambiental para combater as ilhas de calor, melhorar a qualidade do ar, aumentar o sombreamento e servir de abrigo à pequena fauna urbana. A proposta, coordenada pela Secretaria de Serviços Públicos, visa transformar pequenos espaços urbanos em áreas densamente arborizadas com espécies nativas da Mata Atlântica.

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De acordo com o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, serão plantadas árvores com espaçamento de apenas um metro entre elas, em terrenos com áreas entre 200 m² e 1.000 m², como praças, rotatórias e trechos isolados de parques públicos. A estimativa da administração municipal é implantar 200 microflorestas nos próximos anos.

A primeira delas será instalada em cerca de 10 dias, no Balão do Laranja, na Avenida Presidente Juscelino, no Jardim Novo Campos Elíseos. As árvores virão do Viveiro Municipal Otávio Tisseli Filho, além de doações e compensações ambientais.

A seleção das espécies foi feita com base em critérios ecológicos e de adaptabilidade ao ambiente urbano. Entre as plantas escolhidas estão peroba-rosa, jequitibá, pau-brasil, jatobá, ipês (de várias cores), paineiras e quaresmeiras.

“É uma nova biologia da paisagem urbana”, afirmou Paulella. “As microflorestas reduzem a temperatura em até três graus, capturam carbono e metano, filtram o ar e valorizam o espaço urbano. Além disso, oferecem refúgio e alimento para animais silvestres que habitam as cidades.”

O prefeito Dário Saadi destacou que o projeto se soma à arborização tradicional da cidade, mas com um novo formato mais concentrado, inspirado em experiências internacionais bem-sucedidas, como na França, Holanda e Austrália. “É uma forma de otimizar o uso do espaço urbano para ampliar o verde na cidade”, disse.

Além do plantio, será criado um programa de adoção das microflorestas, que será regulamentado por um projeto de lei a ser enviado à Câmara Municipal. A gestão e manutenção das áreas verdes permanecerá sob responsabilidade da Secretaria de Serviços Públicos.

As regiões com maior prioridade para implantação das microflorestas foram mapeadas pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com base na incidência de ondas de calor. Entre elas estão os distritos do Campo Grande, Ouro Verde, Nova Aparecida, Barão Geraldo, Sousas e Joaquim Egídio, além dos bairros Vila Costa e Silva, Miguel Vicente Cury e Jardim Santa Mônica.

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