EXPORTAÇÃO

Terminal ferroviário de Jundiaí expande para novos portos

Por Camila Bandeira |
| Tempo de leitura: 2 min
Terminal Intermodal de Jundiaí (Tiju)
Terminal Intermodal de Jundiaí cresce com o aumento das exportações, otimizando o escoamento ferroviário para os principais portos
Terminal Intermodal de Jundiaí cresce com o aumento das exportações, otimizando o escoamento ferroviário para os principais portos

Desde o segundo semestre de 2024, o Terminal Intermodal de Jundiaí (Tiju), conhecido como "porto seco", passou a intensificar o transporte de contêineres e mercadorias para os portos do Rio de Janeiro e Itaguaí. A medida foi adotada devido à sobrecarga no Porto de Santos, que, com o aumento do volume de exportações, enfrentava dificuldades para acomodar as cargas.

Com a criação dessa nova rota ferroviária, a Contrail Logística, que administra o Tiju, ofereceu uma alternativa eficiente, garantindo maior agilidade no escoamento de mercadorias e ajudando os exportadores a evitar os congestionamentos no Porto de Santos.

Até então, não havia fluxo de transporte para esses portos. Foi o aumento do volume de exportação que tornou viável a criação desse novo serviço. Segundo a Contrail Logística, os armadores normalmente priorizam o embarque das cargas no porto mais próximo à estufagem.

Essa nova linha ferroviária trouxe um incremento significativo de volume e faturamento para o Terminal Intermodal de Jundiaí (Tiju), consolidando a cidade como um ponto estratégico no escoamento de mercadorias para o mercado internacional.

O Porto de Santos, que registrou um crescimento de 14,5% no volume de contêineres movimentados de exportação em 2024, segundo dados da Antaq, teve um impacto direto nas operações do Tiju. Parte dessas exportações que saem de Santos passa agora por Jundiaí, aproveitando a estrutura do Terminal Intermodal para um transporte multimodal mais eficiente.

Diego Bueno, diretor comercial e operacional da Contrail Logística, explica que "a grande ocupação dos terminais de contêineres no Porto de Santos em 2024 impactou em janelas cada vez menores para depósito das cargas destinadas à exportação no modal rodoviário". Ele complementa: "Isso fez com que diversas empresas buscassem alternativas para garantir a entrega de suas cargas, e a ferrovia se mostrou a opção mais eficaz, pois cada trem pode transportar até 84 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), facilitando o escoamento das cargas no volume necessário e sem perda de embarque."

Crescimento e perspectivas

A expectativa para 2025 é de que o volume de cargas no Porto de Santos continue crescendo, com uma previsão de aumento de 3,3% segundo a Autoridade Portuária. Pensando neste crescimento, o objetivo é investir na ampliação de sua infraestrutura, incluindo o aumento da capacidade de estufagem e desova de contêineres no Terminal Intermodal de Jundiaí, além de ampliar sua frota de equipamentos para garantir um atendimento mais eficiente.

Esse desenvolvimento coloca Jundiaí no radar de grandes empresas que buscam alternativas logísticas mais eficientes e competitivas para o transporte de suas mercadorias, reforçando o papel estratégico do município no comércio exterior brasileiro.

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