
Segundo a pesquisa, alimentação e bebidas foram os itens que mais pesaram na inflação de 2024. Diante do aumento dos alimentos e da inflação, o Governo Federal anunciou recentemente a isenção do imposto de importação para alguns alimentos, como carne, café, milho e outros produtos. A medida visa conter a alta dos preços e aliviar o impacto no bolso dos consumidores, mas tem gerado opiniões divergentes entre as lideranças políticas.
Para Edilson Chrispim, presidente do PP, a redução de impostos já deveria ter sido adotada há tempos. “Não é preciso ser analista para perceber que essas são medidas necessárias para a queda dos preços. Somente após a baixa de popularidade junto à classe média e média baixa é que o governo anuncia essas ações. Mas vejo com bons olhos, pois quem paga a conta é sempre o trabalhador que mais precisa”, afirma.
Já o vereador Juninho Adilson, líder do partido União, critica a decisão de zerar os impostos para alimentos importados, argumentando que isso prejudica os produtores nacionais. “A alta no preço dos alimentos é o resultado de um governo que gasta mais do que arrecada, gerando inflação, desvalorizando nossa moeda e encarecendo os itens básicos. O governo deveria fortalecer o agronegócio nacional e reduzir a carga tributária sobre os alimentos produzidos aqui, garantindo preços justos para os brasileiros sem comprometer quem gera emprego e movimenta nossa economia.".
O vereador Henrique do Cardume (PSOL) defende a medida e cobra ações semelhantes dos governos estaduais. “Toda redução de imposto em alimentos para diminuir o custo de vida da população deve ser apoiada. O governo Lula acertou e deve continuar nessa direção. Agora os governadores devem fazer o mesmo ou assumir que seus discursos eram hipócritas. Tarcísio deveria reduzir o ICMS e dar o exemplo também”, afirmou.
Para o vereador e líder do partido Cristiano Lopes (PP), o Governo Federal tem uma grande oportunidade de melhorar as condições da cadeia de produção agrícola no Brasil, usando essa alta dos preços e da inflação para valorizar os empreendedores. “Zerar as tarifas de importação, como anunciado recentemente, não é uma solução eficaz. Vai gerar uma alternativa momentânea de queda dos preços, mas não se trata de uma medida que trará efeitos a longo prazo.”
Além disso, Cristiano acredita que abrir mão de receita pode ser um remédio amargo para o governo, principalmente diante de uma crise econômica. “Como alternativa, deve-se pensar em ajudar os pequenos produtores, as pequenas indústrias, os empreendedores na facilitação do crédito, principalmente para aqueles que produzem itens que compõem a cesta básica do brasileiro. O uso de tecnologia é outro ponto que deve ser priorizado.”