Caro leitor, vivemos em tempos nos quais, nem sempre, a saúde é brilhante. Há pessoas que apresentam diversos tipos de doenças e transtornos. 
     
Hoje, existem centenas de casos de pessoas que apresentam doenças, síndromes e transtornos diversos e, quando se trata das crianças, a situação se torna desafiadora. 
      
Uma grande porcentagem familiar de crianças que apresentam algum transtorno não possui rede de apoio e muitas mães são solo, ou seja, cuidam da sua criança sem ajuda do pai que, em muitos casos, abandonam a parceira quando descobre que o filho apresenta alguma doença, deficiência ou transtorno.
      
Por trás de uma criança que apresenta algum transtorno, está uma mãe ou avó ou família cansada, abatida, mas cheia de esperança na recuperação do mínimo que seja desta criança. Há uma família, que apesar da exaustão física e mental, coloca a sua criança "nas costas" e vai em busca de terapias, pediatras, neuropediatras etc. Muitas vezes, com o dinheiro contado do transporte público. Mas elas não desistem. Elas movem céu e terra em busca do melhor para os seus filhos. 
    
Em contrapartida, há crianças cuja família, ao receber o laudo do neuropediatra, sente-se como se estivessem entrado em um luto. Não aceita o fato do seu filho(a) apresentar um transtorno. 
     
Eu, como professora, vejo isso sempre. É nítido que a criança precisa de ajuda neuropediátrica, porém, a família finge que não vê. Encontram motivos diversos para explicar: "ah, ele é assim porque fica no celular " ou "ah, ele é assim porque acorda cedo". Conheço uma mãe que trocou o filho de escola porque a diretora sugeriu que a mãe o levasse ao neuropediatra .
     
Enfim, as crianças que apresentam algum transtorno necessitam de cuidados, de acompanhamento. As crianças crescem e, quanto mais tarde fica, quanto mais a criança cresce, mais difícil fica para a criança responder aos tratamentos e terapias.
      
Família, receber um diagnóstico não é fácil. Mas, a sua criança depende exclusivamente de você. Não se envergonhe da sua criança. Um transtorno, uma síndrome ou uma deficiência não a impede de lhe amar e de sentir o seu amor. 
      
Cuide do seu bem mais precioso, pois ele precisa muito de você. 
    
Para finalizar, gostaria de lhes apresentar um lugar incrível que é um porto seguro para as famílias de crianças que apresentam síndromes e transtornos. É um lugar que todos deveriam conhecer e ajudar: @acasadoney.

Micéia Lima Izidoro é professora (miceialimaizidoro@gmail.com)