OPINIÃO

Grandes obras, clube grande


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O Clube Jundiaiense comemorou 80 anos de uma bela existência. Sua história seduz pelas conquistas e desafios superados pelos seus associados, que continuam hoje, como o seu maior patrimônio. Houve muitas comemorações e homenagens. Quero aqui pedir permissão em prestar meu respeito, a alguns presidentes que escreverem seus nomes, por excelência, nas páginas do seu livro. Certa vez perguntaram ao ex-presidente Juscelino Kubistchek onde encontrou inspiração ao fundar a capital federal Brasília. Sua resposta: Deus poupou-me do sentimento do medo. 

Conta o associado Arlindo Vicente, conhecido como Peroba, hoje com 89 anos de idade, não posso afirmar se é folclore ou fato, mas que o presidente José de Godoy Ferraz talvez tivesse a mesma inspiração. Procurou o Peroba, que era gerente de um banco, para tratar de um financiamento para compra de uma área rural. O Clube tinha caixa baixa. O financiamento agregava juros altos e correção monetária, impossível de se pagar. Insistiu em outra forma de empréstimo. A solução surgiu como crédito rural, financiado pelo Governo Federal. Desta forma associados assumiram, 250 em seu número, dividiram o valor da área em cotas, tornando-se beneméritos e remidos. Assim nasceu um dos maiores clubes de campo do Brasil.

Com o presidente Osvaldo de Almeida Leite (Osvaldão) surgiram os primeiros investimentos. A região de difícil acesso era ligada por estrada de terra. Com o comando do presidente gentleman Clodoaldo Paulo de Souza, construiu-se o primeiro marco atrativo, o esplendoroso Parque Aquático ladeado por palmeiras frondosas, verdadeiro cartão postal. Outro presidente notável foi o saudoso Romão de Souza. Ao extinguir a figura do sócio contribuinte para patrimonial, alçou o Clube numa estrutura associativa moderna que assegurou o sócio a ser cotista de seu clube. Destaco também o João Sebastião Gazola que iniciou o projeto do salão social. Eduardo Palhares assumiu o compromisso e com todos os associados pagando um carnê de benfeitorias, construiu-se o magnífico salão social. Salão que foi a galinha dos ovos dourados em arrecadações. 

Mas a maior obra do Clube veio sob a administração de Luís Roberto Raymundo (Pitico) com a inauguração do Complexo Esportivo com piscina aquecida, academia e atividades esportivas e terapêuticas.  Fez mais de 10 churrasqueiras, secretaria avançada, comprou áreas vizinhas, dois campos de futebol. Fez tudo, em dois anos de mandato. Outros dois nomes se destacaram. Getúlio Nogueira de Sá inaugura o Centro Administrativo oferecendo a totalidade de serviços da secretaria, e melhores condições de trabalho aos funcionários e Paulo Lopes entregando um charmoso e incrível bar/restaurante. Que as novas diretorias esqueçam os extratos bancários e pensem com o maior empresário que o Brasil já teve Antônio Ermírio de Moraes, quando afirmou: dinheiro depositado em banco é dinheiro perdido, pois jamais vai ganhar da inflação.  Deus permita que os novos presidentes se poupem do sentimento de medo e enfrentem com destemor os novos desafios que o Clube exige. Parabéns, Clube Jundiaiense!

Guaraci Alvarenga é advogado (guaraci.alvarenga@yahoo.com.br)

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