Jundiaí tem uma posição privilegiada na logística estadual, pressionada cada vez mais pela especulação imobiliária e proximidade com grandes metrópoles. Com sua excelente qualidade de vida, manter paisagens intactas e garantir a permanência do homem no campo é uma tarefa que exigiu, ao longo dos anos, incentivos municipais, que ajudam a impulsionar negócios e manter paisagens, nascentes e trazer sustentabilidade à atividade agrícola.
Atualmente, o município possui os programas de Subvenção Municipal do Seguro Agrícola, Programa Municipal de Incentivo ao Cultivo Protegido, PSA (Pagamento por Serviços Ambientais), PROAJ, Patrulha Agrícola, SIM-POA e SIM-POV entre outros, que serão mantidos, melhorados e otimizados pela atual gestão, com ações que promovam a integração entre os segmentos da produção, comercialização e do turismo.
O objetivo atual é proporcionar à população de Jundiaí acesso a alimentos frescos, seguros e saudáveis (segurança alimentar), com livre acesso a zonas rurais da cidade. Um dos focos da administração de Gustavo Martinelli também será na “zeladoria” da zona rural da cidade, com especial atenção às estradas rurais. “Trabalharemos em conjunto, unindo forças com as instituições do setor do Agronegócio que estão na nossa cidade e região: CATI, IAC, Defesa Agropecuária, AAJ (Associação Agrícola de Jundiaí), ETEC “Benedito Storani”, CMDR - Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, Sindicato Rural Patronal, Sindicato dos Trabalhadores Rurais”, afirma, em nota, a Prefeitura de Jundiaí.
A administração também quer ser “ponte” entre o agricultor e os demais segmentos do agronegócio, seja na pesquisa ou no setor de insumos, até o mercado, a agroindústria e o consumidor final. A gestão também pretende realizar um Censo Agrícola Municipal, para colher informações detalhadas e precisas para melhor direcionamento dos novos projetos.

Entre os desafios a serem enfrentados estão a escassez de mão de obra, desequilíbrio da fauna silvestre (descontrole na população de maritacas e capivaras), a podridão da uva madura (uma doença fúngica, que está presente em muitos parreirais) e as constantes alterações climáticas extremas.
Em relação à agricultura familiar, a administração tem um apelo ao governo federal. “É necessário esclarecer o conceito da Agricultura Familiar. Na legislação federal, Agricultor Familiar é todo aquele que está enquadrado nos critérios para obtenção da DAP (ou CAF) - Declaração de Aptidão ao Pronaf. Porém, estes critérios de enquadramento são ‘rasos’, e acabam por excluir inúmeros agricultores, principalmente aqueles da nossa região. Fica aqui o nosso apelo para que estes critérios sejam revistos e alterados pelo governo federal o mais breve possível”, afirma a Unidade de Gestão do Agronegócio, Abastecimento e Turismo.
Para tanto, o governo municipal afirma que quase 100% das atividades agrícolas desenvolvidas na nossa cidade são da agricultura familiar (não aquele dos critérios da DAP), pois é o agricultor e sua família que gerenciam e executam todas as atividades na propriedade rural, do plantio à colheita até a comercialização.
O objetivo final destes próximos anos é fortalecer todo o agronegócio, com apoio técnico, melhor infraestrutura na zona rural e programas assertivos e eficazes, sempre a partir do conceito de governança – ouvindo todos os atores envolvidos e sustentabilidade, preservando nossas áreas permeáveis e trabalhando para ampliar a produção e melhorar a qualidade de vida dos produtores rurais.
Para esses próximos quatro anos, Jundiaí se reposiciona como um destino turístico inteligente, que tem como o base o fortalecimento da governança, a acessibilidade, a sustentabilidade e tecnologia para melhorar a experiência do turista.