CÂMARA DE JUNDIAÍ

Mandato coletivo é realidade em Jundiaí

Por Diná de Melo |
| Tempo de leitura: 2 min
Henrique, Patrícia e Carolina irão exercer o mandato coletivo, com responsabilidades divididas
Henrique, Patrícia e Carolina irão exercer o mandato coletivo, com responsabilidades divididas

As últimas eleições trouxeram mudanças para a Câmara Municipal de Jundiaí. Além de 6 novos nomes em seus primeiros mandatos e três mulheres eleitas, a Casa de Leis terá a primeira candidatura coletiva, trazendo um modelo de gestão mais participativo, onde múltiplas vozes podem ser ouvidas e as decisões serão tomadas em grupo.

Henrique Parra Parra, Patrícia Torriceli e Carolina Lemos irão dividir as responsabilidades e tomar as decisões juntos nos próximos quatro anos em Jundiaí. Eleitos pelo PSOL com 5936 votos válidos, eles entendem que três cabeças pensam melhor que uma, mas formalmente, quem ocupará o cargo de parlamentar é Henrique. “Patricia e Carolina ocuparão os cargos de assessoras. Isso significa que cada um tem sua jornada de trabalho, seu cargo, suas obrigações e salário, tudo certinho, mas vamos dialogar e decidir juntos”, diz Henrique, que já disputou outra eleição em 2020 para o mesmo cargo e em 2022 para deputado.

Segundo ele, uma grande prioridade do mandato será o de fiscalizar a Prefeitura. “Isso fez falta nos últimos anos”, comentou Henrique. Para ele, é necessário ter gente independente que visite os equipamentos e serviços públicos, os bairros e fiscalize de perto para garantir que as pessoas tenham seus direitos garantidos. “Outra meta é colaborar com toda ação que seja necessária para reduzir o custo de vida e construir uma Jundiaí mais igualitária e solidária”, encerra o parlamentar.

Tarefas e ações

Devidamente instalados no terceiro andar do anexo da Câmara, sala que irão dividir na tomada de decisões e atendimento aos munícipes, Carolina comenta que o grupo terá foco na assistência social, com visitas a equipamentos e servidores nos bairros. “Lutarei por mais orçamento para garantir recursos adequados, evitando sobrecarga nos servidores e assegurando atendimento de qualidade à população”, disse. Ela também menciona a atenção especial a mulheres e crianças em vulnerabilidade, que são frequentemente as mais afetadas, segundo ela. “Juntos podemos promover um suporte eficaz e transformar realidades”, conclui.

Reforçando as propostas do grupo, Patrícia diz que vai colocar o Gabinete nas Escolas, intensificando a fiscalização de estrutura, merenda, segurança e direitos dos trabalhadores. “Vou visitá-las com frequência e criaremos um canal de diálogo, denúncias e promoveremos ações com o Ministério Público. Também fiscalizaremos a fila de vagas nas creches e a garantia de apoio educacional especializado. Educação pública de qualidade é nossa bandeira”, finaliza.

Sobre as candidaturas coletivas

A candidatura coletiva é uma forma inovadora e colaborativa de apresentar um candidato ou grupo de pessoas para representar uma comunidade ou grupo político em cargos públicos. Ao contrário das candidaturas tradicionais, esse modelo surge como uma resposta às insatisfações com o sistema político tradicional, que, muitas vezes, é visto como distante da realidade das pessoas ou centrado em interesses individuais. A candidatura coletiva propõe uma alternativa mais democrática, participativa e horizontal, em que o poder é compartilhado, e as ações políticas são mais transparentes e inclusivas.

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