EPIDEMIA DE BETS

Corretora imobiliária perde R$ 1,8 mi com jogos online de apostas

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Tela do jogo Aviator
Tela do jogo Aviator

A corretora imobiliária Tathiara Barbosa, de Gravataí, no Rio Grande do Sul, perdeu R$ 1,883 milhão com jogos online do tipo das bets (apostas), sem falar nos juros e encargos de empréstimos que ela precisou fazer para sustentar o vício. A história foi revelada pela revista Piauí.

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Segundo a reportagem, a corretora viu no Instagram recomendações sobre os cursos de uma influenciadora com dicas sobre como faturar alto no Aviator, um jogo no qual o usuário tenta adivinhar a hora certa de parar um avião durante a decolagem.

Com as lições do curso e o incentivo das influenciadoras, a corretora baixou o aplicativo para arriscar a sorte. Ela vivia um período de estabilidade financeira, ganhando em média 15 mil reais mensais.

De início, a mulher apostou entre 25 e 50 reais. Com o tempo, foi aumentando o valor das apostas. Ela chegou a faturar R$ 72,5 mil de uma só vez e, empolgada, apostou toda a quantia obtida para multiplicá-la. Perdeu tudo.

Tathiara começou a se descontrolar nas apostas. Em um único dia, torrou R$ 100 mil no Aviator e em outros jogos. Depois de raspar toda a conta, a corretora começou a fazer empréstimos. Primeiro com bancos, depois com agiotas.

“O algoritmo primeiro te fascina, depois te aprisiona e depois te tira tudo”, disse ela à Piauí. “Eu sonhava com o barulho e as cores do joguinho”.

Tipos de jogos.

Há dois tipos de plataformas de bets. Um é o dos jogos, como o Aviator (conhecido como “aviãozinho”), o Balloon (“balãozinho”) ou o Fortune Tiger (“tigrinho”), o mais famoso deles. Todos são adaptações digitais de videogames ou de caça-níqueis de cassinos. Simulam que tudo depende da habilidade do jogador, quando, na verdade, depende da sorte.

A outra modalidade da jogatina online é a de palpites esportivos, em geral sobre futebol. As apostas versam sobre múltiplos aspectos – o placar do jogo, se alguém receberá um cartão amarelo ou vermelho, se algum jogador fará gol contra.

Só nos primeiros oito meses do ano passado, 24 milhões de brasileiros gastaram, em média, R$ 20,8 bilhões por mês nas bets, de acordo com o Banco Central. Esse número contabiliza só pagamentos via Pix, já que outros meios de pagamento estão fora do radar.

* Com informações da revista Piauí

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