São mais de dois mil anos que a humanidade caminha na direção de seus objetivos materiais e imateriais, com suas crenças e convicções, com seus acertos e erros, com seus avanços e recuos, com suas esperanças e seus desapontamentos, com seus sucessos e fracassos, com suas vitórias e derrotas.
Em meu livro, já em processo avançado de conclusão: “A finitude, a insegurança existencial e o poder e a riqueza”, abordo, através de trinta e dois temas, as questões relativas ao comportamento humano e, ao verificar o pensamento de grandes filósofos, psicólogos, sociólogos e economistas, de antes e depois de Cristo, dos quais tenho registros no livro, pude constatar que a ambição pelo poder e a riqueza da atualidade, são os mesmos de antes de Cristo. Essas são realidades presentes, no tempo e no espaço e, com certeza, permanecerão para sempre.
A “ansiedade” que é um grande mal de quase toda a humanidade, deriva da insegurança existencial, que provoca desequilíbrios emocionais, que gera inquietudes diárias na vida das pessoas.
Falta ao ser humano a absorção convicta da “sabedoria de vida”. Através dela é possível alcançar a “felicidade”. Aliás, é pertinente entender que a felicidade não está no bolso e contas bancárias com elevadas somas de dinheiro. A felicidade está nas pequenas coisas da vida; está na simplicidade do “modus vivendi”; na paz de espírito; na harmonia das famílias; na paz mundial e, em muitos outros aspectos da vida e da natureza humana.
Somos oito bilhões de pessoas no mundo. Todos querendo um “lugar ao sol”; todos desejando uma vida perfeita, num mundo imperfeito, onde prevalece a inveja, a cobiça, o egoísmo e a busca incessante pelo poder e a riqueza.
Em outro meu livro e da economista, Lúcia Maria Alves de Oliveira, que já partiu desta vida, “A Gestão Ética, Competente e Consciente”, prestamos um tributo à memória de Ernest Friedrich Schumacher, grande filósofo e economista, que entre suas obras, escreveu o livro "Small is Bealtiful” (O Negócio é ser Pequeno), em que aborda a beleza da simplicidade na vida. Schumacher tem seguidores em muitos países, em todo o Ocidente, Oriente e países asiáticos.
Afinal, o que a humanidade realmente deseja, se nosso período existencial é muito curto e passageiro.
É muito difícil imaginar, a tristeza e a angústia de jovens recrutados pelos seus países, para irem para uma guerra, na qual suas sobrevivências dependem da morte de pessoas jovens e idosos, homens, mulheres e crianças que eles não conhecem e que em suas individualidades, nada tem contra elas mas, mesmo assim, são obrigados a matá-las. É desumano a crueldade deste mundo, na busca de hegemonia, poder e riqueza.
Essas questões fazem parte de essência deste livro.
Messias Mercadante de Castro é professor de economia, membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresas (messiasmercadante@terra.com.br)