Caro leitor, hoje eu quero falar sobre a importância de escutar o seu filho(a). Eu digo ESCUTAR, não OUVIR. Digo isso, pois, há uma grande diferença entre essas duas ações, sabia?
Ouvir é uma reação automática, você escuta os sons, as conversas, independente de você querer ou não, a menos que você tape os ouvidos, você ouve o que quer e o que não quer.
Escutar é algo mais profundo, algo que depende do seu interesse real, genuíno de saber o que a outra pessoa está dizendo, o sentimento que uma determinada música traz para o seu coração, enfim, escutar é a arte de prestar atenção e ter interesse no que é dito.
As crianças são pequenos seres humanos cheios de atitudes, personalidades, capacidades, ideias, perguntas, respostas geniais e muitos sentimentos.Você já parou por alguns minutos em um parque e observou as crianças brincarem? São muitas crianças falando, conversando, colocando as suas ideias e os seus pontos de vista em conversas e brincadeiras. É interessante como as crianças são tão expressivas e cheias de atitude! Mas será que em casa, com a família, elas são assim?
As crianças conversam e expõem as suas ideias dentro de um ambiente recíproco, ou seja, a criança é ela mesma quando o ambiente, no qual ela está inserida, lhe proporciona a liberdade e a tranquilidade para ser quem ela quiser e dizer o que ela pensa.
Hoje, as pessoas estão muito absortas em seus celulares e os pais, principalmente, muitas vezes deixam os seus filhos de lado devido ao seu mundo virtual. A questão é: você, pai, mãe ou responsável, sabe o que a sua criança pensa? Sabe quais são as suas ideias, a sua opinião a respeito de algo? Você já se sentou com ele (a) para conversar, independente da idade?
Quando o meu filho tinha 3 anos e 11 meses foi ao shopping, durante a noite, ele me disse: Mamãe, vamos conversar sobre o shopping? Ele queria conversar sobre o que ele havia gostado no shopping e foi muito bom escutar a sua opinião a respeito dessa experiência.
Bem, a minha intenção com a coluna de hoje é lembrá-los que as crianças precisam de vocês para escutá-las, não apenas para ouvi-las. As crianças têm muito o que nos ensinar, pois a sua inocência, expressividade e intensidade nos mostram que é preciso estar com elas agora, e quando elas estiverem maiores, elas estarão próximas de nós.
Quando a criança se sente acolhida e especial por parte dos adultos, ela se torna um adulto feliz e mais seguro, além de se tornar um bom ouvinte.
E então, que tal tirar um tempo para conversar com a sua criança ou seu filho(a)? Tenho certeza de que você vai se surpreender com essa conversa.
Micéia Lima Izidoro é professora (miceialimaizidoro@gmail.com)