OPINIÃO

Polaridades sexuais e reencarnação


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Nós fomos criados para expressar as duas polaridades, encarnamos ora com um corpo físico masculino, ora com um corpo físico feminino, para que aprendamos a desenvolver as características de cada uma delas, sendo isso uma de nossas tarefas evolutivas. A Energia, que é a capacidade de enfrentamento, a ousadia, a liderança, o destemor etc., são predominantes na polaridade masculina. O Amor, que é a capacidade de acolhimento, a doçura, a compreensão, a sensibilidade etc., são predominantes na polaridade feminina. Ambas as polaridades, quando plenamente desenvolvidas, levam à conquista da sabedoria.

Não sendo criados somente com um ou outro sexo definitivo, nós, Espíritos imortais, não possuímos a masculinidade ou a feminilidade de forma absoluta, conforme Allan Kardec no ensina em O Livro dos Espíritos: “Os sexos só existem na organização física, pois os Espíritos podem tomar um e outro, não havendo diferenças entre eles a esse respeito.” E também na Revista Espírita: “Sofrendo o Espírito encarnado a influência do organismo, seu caráter se modifica conforme as circunstâncias e se dobra às necessidades e exigências impostas pelo mesmo organismo. Esta influência não se apaga imediatamente após a destruição do invólucro material, assim como não perde instantaneamente os gostos e hábitos terrenos. Depois, pode acontecer que o Espírito percorra uma série de existências no mesmo sexo, o que faz que, durante muito tempo, possa conservar, no estado de Espírito, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa. Somente quando chegado a certo grau de adiantamento e de desmaterialização é que a influência da matéria se apaga completamente e, com ela, o caráter dos sexos.”

As Leis da vida permitem que nós utilizemos variados perfis de programação reencarnatória. Poderemos reencarnar diversas vezes em um só sexo para depois fazermos um longo percurso no sexo oposto ou reencarnar alternadamente em um e outro sexo. Podemos realizar grande parte de nossas encarnações em um mesmo sexo, se for de nossa preferência e necessidade, desde que, ao longo destas existências na matéria, consigamos desenvolver os valores evolutivos inerentes aos dois sexos. Mas, caso isto não ocorra, ou seja, se desenvolvermos de forma muito desproporcional apenas as características de uma das polaridades ou se desrespeitarmos o sexo oposto, teremos que reencarnar alternando as experiências em um e em outro sexo, a fim de que os valores das duas polaridades sejam assimilados de maneira mais equânime. A Divindade sabe qual mecanismo expiatório e/ou provacional cada um de nós necessita para o nosso melhor aprendizado e evolução, e, tendo condição moral para, participamos mais ou menos ativamente de todo este processo.

O sexo é a soma das qualidades passivas ou positivas do nosso campo mental e precisamos de muitas reencarnações para completarmos nossas experiências em ambas as polaridades, a fim de atingirmos o equilíbrio e a perfeição.

Eduardo Battel é médico urologista, expositor Espírita e Coordenador da Liga de Medicina e Espiritualidade da FMJ (ebattel@hotmail.com)

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