OPINIÃO

Lições de Santa Teresinha


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As relíquias de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face chegaram hoje a Jundiaí e se encontram no Carmelo São José, que transpira as coisas do alto. Permanecem até o sábado à noite. 
Preparar-se e receber as relíquias é uma oportunidade de refletir sobre as atitudes, os pensamentos e as palavras da Santa de Lisieux, que viveu somente 24 anos em meio a nós.

Ela entrou na minha vida aos 12 anos, de quem já ouvira falar muito, tanto por nossa mãe como por nosso pai. Li a “História de uma Alma” naquela época pela primeira vez. Em cada fase da minha vida, ao ler o livro, iluminou-me em algum aspecto.

No Carmelo, realizou-se uma Novena Preparatória para a chegada das relíquias. Em cada dia, a Irmã Maria Madalena de Jesus Crucificado disse sobre um pensamento de Santa Teresinha.

Dizia ela sobre o poder da oração. “Parece uma rainha com acesso permanente ao rei e capaz de obter tudo o que pede. Para ser atendido, não é preciso ler uma bela fórmula. (...) Faço como as crianças que não sabem ler, digo simplesmente a Deus o que quero dizer, sem frases bonitas. Ele me compreende sempre.  Para mim, a oração é um impulso do coração, um simples olhar para o céu, um grito de gratidão e de amor no meio da provação como no meio da alegria; enfim, é alguma coisa de grande, de sobrenatural, que dilata a minha alma e me une a Jesus”.

Sempre desejou ser santa, embora afirmasse que entre eles e ela seria a mesma diferença entre uma montanha e o grão de areia. Buscava ser pequena para subir ao Céu nos braços de Jesus. E permanecer pequena estava ligado à humildade, a ser simples, “reconhecer seu nada, esperar tudo do Bom Deus como uma criancinha espera tudo de seu pai; e não se inquietar com nada, não ganhar, absolutamente fortuna. Ser pequeno é, ainda, não atribuir de modo nenhum a si mesmo as virtudes que se pratica, crendo-se capaz de alguma coisa, mas reconhecer que o Bom Deus põe esse tesouro na mão de seu filho, para que ele se sirva quando tiver necessidade; mas, é sempre o tesouro do Bom Deus. Enfim, é não se desencorajar, de modo nenhum, com suas faltas, pois as crianças caem muitas vezes, mas são pequenas demais para se machucarem” (CA, 6.8.8).

Sobre a santidade comenta para não buscar o que parece grande aos olhos das criaturas. “Por vezes, surpreendemo-nos a desejar o que brilha. Então, coloquemo-nos humildemente entre os imperfeitos; consideremo-nos almas que o Bom Deus deve sustentar a cada instante; desde que Ele nos veja bem convencidas do nosso nada, estende-nos a mão.  (...) Sim, basta se humilhar, suportar com doçura suas imperfeições. Eis a verdadeira santidade”! (CT243).

Próxima do encontro com o Senhor, disse que sua missão iria começar: fazer amar o Bom Deus como eu amo, de mostrar meu pequeno caminho às almas.  Que o céu dela passaria fazendo o bem sobre a terra. E conclui: “Não posso repousar enquanto houver almas para salvar...” (CA, 17).

Se você anseia para que Deus o(a) carregue em seus braços, que sua alma e seu coração estejam, já aqui, junto ao Céu, visite as relíquias de Santa Teresinha e participe das Celebrações que lá acontecerão de 22 a 24 de agosto.

Palavras dela: “Já que a verdade brilha aos seus olhos, não fuja da sua luz”.

Maria Cristina Castilho de Andrade é professora e cronista (criscast@terra.com.br)

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