OPINIÃO

Santa Teresinha aqui


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De 22 a 24 de agosto estarão, no Carmelo São José, as relíquias de primeiro grau de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, que peregrinam pelo Brasil.

A urna contém o fêmur e ossos do pé da santa, que foram trazidos da Basílica de Santa Teresa em Lisieux (França).

A visita ao Brasil, a pedido da Ordem dos Freis Carmelitas Descalços, ocorre no marco de dois jubileus, a celebração dos seus 150 anos do nascimento, que foi comemorado em janeiro de 2023, e a celebração dos 100 anos de sua canonização, que ocorrerá em 2025.

A peregrinação passará por 70 cidades brasileiras e Jundiaí recebeu esta graça através do Carmelo, ou seja, Santa Teresinha estará em meio a nós. Tempo de uma chuva de rosas sobre a cidade.

A chegada está prevista para as 8h30 do dia 22 e haverá, durante os três dias em que permanecer em nossa cidade, Missas, Momentos de Oração, Reflexão sobre Santa Teresinha, Vigília.

A capela estará sempre aberta para a visitação da urna.

Nascida em 2 de janeiro de 1873, em Alençon (França), faleceu no Carmelo de Lisieux em 30 de setembro de 1897. Escreveu cartas, poemas, peças de teatro. Seu livro “A História de uma Alma”, que são manuscritos autobiográficos, atravessam gerações.

Ela não realiza milagres, quem realiza é Deus, mas é uma intercessora muito presente na vida de seus devotos.

Foi modelo de santidade e sua maneira simples de abordar a vida espiritual fez dela muito querida na Igreja. Em seu leito de morte, falou: “Eu amo apenas simplicidade. Tenho horror à pretensão”. Para ela, todo o segredo da vida cristã é ser de Jesus.

Entrou para o Carmelo com 15 anos, onde já se encontravam suas duas irmãs mais velhas. Depois de nove anos, tendo ocupado funções como sacristã e assistente da mestra das noviças, passou seus últimos 18 meses numa “noite de fé”, morrendo de tuberculose com 24 anos.

Duas palavras se destacam em sua caminhada: confiança e amor. Tanto nas dores como nas dúvidas, superior a elas era sua confiança em Jesus. Confiava sem desanimar e afirmava que aquilo que mais O ofendia era a falta de confiança nEle.

Propunha-se a não deixar vencer seu ímpeto e sua vontade. Na infância era birrenta. Se algo não saísse do seu jeito, atirava-se no chão. Ao crescer, aprendeu a arte da empatia ao perceber que todos têm contrariedades e pessoas difíceis existem em qualquer lugar.

A outra palavra que se destaca em sua breve existência é: amar o Amor. Só viver de amor. Ter um coração disponível para Deus. Amor como atitude e não apenas sentimento. Trocar o nosso tudo, que é nada, pelo tudo de Deus. Abandonava-se nas mãos dEle.

Em seu poema “Viver de Amor”, ela escreveu: “Viver de amor não é, nesta terra, / A nossa tenda armar nos cumes do Tabor;/ É subir o Calvário com Jesus, / Como um tesouro olhar a cruz! / No céu eu viverei de alegrias, / Quando, então, todo sofrimento acabará;/ Mas, enquanto exilada, quero, no sofrimento/ Viver de Amor!”

Rezar na Capela do Carmelo São José, junto às relíquias da amada Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, e participar das celebrações, sem dúvida, acrescentará maior confiança em nosso coração e nos fortalecerá para viver no Amor.
 
Maria Cristina Castilho de Andrade é professora e cronista (criscast@terra.com.br)

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