Por conta da periculosidade da ocorrência, foi formada uma célula tática de policiais para progressão e tentativa de contato com os moradores do imóvel. Após algum tempo a mulher abriu a porta do apartamento e de imediato os policiais notaram que ela tinha marcas de leões no rosto e nas pernas, além do fato de que estava nervosa e em estado de choque.

Neste momento os agentes também visualizaram o marido da vítima sentado no sofá, também demonstrando nervosismo. Ele permitiu que os policiais entrassem e logo foi algemado.

Com a situação controlada e a arma apreendida (um revólver calibre 38, que ele alegou que comprou de um amigo, em Santa Catarina), os militares conversaram com a mulher, que contou que havia tido uma discussão com o marido, e que ele chegou a arrombar a porta do quarto do casal para pegar uma arma e também agredi-la. Com medo de que ele a matasse e também atirasse em sua filha, de apenas 11 anos, ela pegou a mochila onde estava a arma e se trancou no banheiro, ordenando à criança que pedisse socorro à PM via 190.

O marido, por sua vez, alegou que após comunicar a esposa de que queria se separar dela, eles tiveram uma discussão e ela chegou a tentar suicídio.

Marido, esposa e criança foram levados para o Plantão Policial, onde a vítima solicitou medida protetiva. Já ele, foi preso em flagrante pelo delegado Carvalhaes, que também solicitou sua prisão preventiva, alegando que o indiciado é bastante agressivo, usa uma arma de fogo mesmo sem permissão para isso, e ainda pode investir contra a esposa em caso de permanecer em liberdade. O pedido de preventiva será analisado durante audiência de custódia.