PATRIMÔNIO

Dia Mundial do Cuscuz: de onde vem essa iguaria?

Tombado patrimônio imaterial da humanidade em 2020, cuscuz é consumido há milênios

19/03/2024 | Tempo de leitura: 1 min

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No Brasil, o alimento foi trazido pelos colonizadores portugueses
No Brasil, o alimento foi trazido pelos colonizadores portugueses

Hoje, 19 de março, é comemorado o Dia Mundial do Cuscuz, iguaria reconhecida como patrimônio imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura desde 2020.

Consumido em praticamente todo o território nacional com variações na maneira de fazer e nos ingredientes em cada localidade, foi a receita com flocMAos de milho, que que mais criou identidade com a região Nordeste, o famoso cuscuz nordestino.

As variações do alimento no mundo têm em comum o modo de preparo: os flocos são hidratados e descansam por alguns minutos. Em seguida, essa massa vai para o banho-maria, onde é cozida no vapor. No caso do cuscuz nordestino, o resultado é um alimento amarelinho, fofinho e quente, frequentemente acompanhado de manteiga, queijo coalho ou carne de charque, receita que quem mora no Nordeste conhece bem.

E de onde ele vem?

O prato à base de cuscuz já existia dois séculos antes de Cristo, na região do Maghreb - que hoje é composta por cinco países: Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Saara Ocidental e Mauritânia, ao norte do continente africano. A criação do cuscuz é atribuída aos mouros berberes, grupo nômade que habita a região do deserto do Saara desde a pré-história que buscavam a facilidade de preparar e transportar o alimento.

O primeiro registro de quem se tem notícia sobre o prato foi escrito em um livro de culinária magrebina, no século XIII. A palavra “k’seksu”, em berbere, reproduz o som do vapor na cuscuzeira durante o cozimento.

No Brasil, o alimento foi trazido pelos colonizadores portugueses e se tornou base das refeições dos negros, sendo preparado  por escravos e vendido em tabuleiros no período colonial. Os indígenas amazônicos, porém, já faziam cuscuz a partir da farinha de uarini, ou ovinha.

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