CEMITÉRIO

Cinco sepulturas que contam histórias em Jundiaí

Através da FUMAS, responsável pela administração do Serviço Funerário Municipal de Jundiaí, as sepulturas completam 43 históricos de personalidades

Por Redação | 19/03/2024 | Tempo de leitura: 3 min

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Túmulo de Leonardo Cavalcanti, conhecido pelo 'desmaio' de Yole Motta, que seria namorada do engenheiro morto
Túmulo de Leonardo Cavalcanti, conhecido pelo 'desmaio' de Yole Motta, que seria namorada do engenheiro morto

Nos caminhos do Cemitério Nossa Senhora do Desterro, pequenas placas de aço, com códigos QR Code, estão fixadas em algumas sepulturas. Embora silenciosas, essas placas são portadoras de histórias antigas e fascinantes, cada uma revelando um fragmento da vida de personalidades que moldaram os destinos de Jundiaí.

A série “Sepulturas que contam histórias”, lançada no mês de agosto de 2018 por conta do Mês do Patrimônio Histórico e Cultural de Jundiaí, através da Fundação Municipal de Ação Social (FUMAS), responsável pela administração do Serviço Funerário Municipal de Jundiaí, completa 43 históricos de personalidades divididas em quatro categorias: Personagens Históricos, Personagens Urbanos, Prefeitos de Jundiaí e Professores Inesquecíveis. A reportagem do Jornal de Jundiaí reuniu 5 dessas personalidades para contar um pouco de sua história.


PERSONAGENS HISTÓRICOS

  • Antonio de Queiroz Telles (Barão de Jundiaí)

O Barão de Jundiaí, que também era pai do Dr. Antonio de Queiroz Telles (o Conde do Parnaíba), foi um dos maiores fazendeiros da região. Com grande influência política, trabalhou na Câmara do Império e modernizou a arquitetura do casarão (onde hoje funciona o Museu Histórico de Jundiaí, o Solar do Barão).

Fez doações de várias terras para a Igreja Católica e desenvolveu um importante trabalho social. Em sua lápide, há inscrições que marcaram sua vida como benemérito, tendo sido conhecido como “pai e protetor dos pobres”. Após sua morte, a Câmara independente da cidade resolveu prestar uma homenagem, denominando a antiga Rua Direita como Rua Barão de Jundiaí.

  • Maria Januária de Moraes Jordão (Baronesa do Japy)

Casada com Joaquim Benedito de Queiroz Telles (Barão do Japy), seu sobrinho por parte de mãe, Maria Januária de Moraes Jordão teve 13 filhos com ele. Naquela época, era comum que as famílias de posses fizessem casamentos entre seus próprios membros para evitar que o patrimônio se dividisse.

A Baronesa do Japy foi grande benemérita da igreja local, doando-lhe vários imóveis e prestando assistência aos pobres. A cidade lhe prestou homenagem dando seu nome ao trecho desmembrado da Rua Bom Jesus de Pirapora (antiga Rua Santa Cruz), que atualmente se chama Rua Baronesa do Japi.


PERSONAGENS URBANOS

  • Tibúrcio Estevam de Siqueira

Localizado logo na rua principal do Cemitério Nossa Senhora do Desterro, o jazigo que abriga os restos mortais do jornalista e ferroviário Tibúrcio Estevam de Siqueira também traz a imagem marcante de Jesus Cristo com os braços abertos, chamando atenção logo na rua principal do Desterro.

Tibúrcio, ao lado do também jornalista João Baptista Figueiredo, foi um dos que escreveu e organizou o Almanach de Jundiahy, publicado em 1911 pela Folha Typografia e Pautação, que trazia em suas páginas poesias, passatempos e registros da cidade. A notoriedade do jornalista lhe garantiu como homenagem batizar uma escola na cidade vizinha de Várzea Paulista e também a praça ao lado do Fórum Dr. Adriano de Oliveira, em frente o Mosteiro São Bento, no Centro de Jundiaí.


PREFEITOS DE JUNDIAÍ

  • Vasco Antonio Venchiarutti

O arquiteto Vasco Antonio Venchiarutti foi prefeito de Jundiaí nos anos 1948-1951 e 1956-1959. Suas gestões foram marcadas por uma visão progressista e de grandes obras para a cidade e que até hoje simbolizam e representam a cidade, como o Ginásio Municipal Dr. Nicolino de Lucca (Bolão), Viaduto São João Batista e Avenida Jundiaí, entre outras, estas obras também tiveram seus projetos arquitetônicos assinados por Vasco, que, como arquiteto, possui muitas obras de grande importância em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde chegou a fazer parte da equipe do arquiteto Oscar Niemeyer.

Há uma denominação com seu nome no bairro Jardim da Fonte, além de também ser o nome do antigo colégio técnico, hoje integrado ao Centro Paula Souza.


PROFESSORES INESQUECÍVEIS

  • Professor Paulo Mendes Silva

O professor Paulo Mendes Silva cursou a Escola Normal de Campinas e foi diretor da escola na Vila Progresso que, após seu falecimento, acabou adotando seu nome. Foi orientador do Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, membro da Comissão Municipal de Bibliotecas e Museus, Centro Cívico Jundiaiense e precursor do antigo Tiro de Guerra 132.

No site da Fundação Municipal de Ação Social (Fumas), é possível encontrar as histórias de todas as personalidades.

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