Arabaci também lembra da dificuldade de encontrar mídias físicas no Brasil. "Acompanho o que acontece no exterior, especialmente na Europa e nos Estados Unidos e vejo que lá a mídia física sobreviveu. No Brasil não se acha em lojas físicas, praticamente não existe mais. O fim de grandes livrarias, que vendiam DVDs, acelerou o processo e hoje só encontramos em sebos, e-commerce especializados e sites estrangeiros."

Estúdios como Disney, Universal, Paramount, Warner e Sony Pictures já não atuam mais no Brasil com o comércio de filmes e séries em mídia física.

Nos Estados Unidos o cenário é um pouco diferente, como disse Arabaci. Em uma breve pesquisa na Amazon (empresa norte-americana  multinacional de e-commerce), por exemplo, é suficiente para encontrarmos os últimos lançamentos do cinema em suas versões em DVD e Blu-ray.

Além da fabricação das mídias físicas, as peças para conserto de aparelhos que leem esse tipo de produto também vem de fora do país, como comenta Paulo Sérgio Pereira, proprietário de uma assistência técnica em Jundiaí. "Essa linha de leitores de mídia física já está saindo de moda no Brasil. Não achamos mais peças para conserto de Blu-Ray, só achamos algumas peças da Sony para aparelhos de DVD. Mesmo não tendo mais fábrica aqui, temos alguns fornecedores e revendedores das peças originais que restaram."

Paulo Sérgio acredita que a mídia física no Brasil irá sumir. "O preço de DVDs e consertos de aparelhos aumentaram muito nos últimos anos, pelo fato de termos que importar a maioria das coisas", observa. "Com o surgimento dos streamings, as pessoas vão acabar abandonando totalmente a mídia física."