Chegamos a mais um Natal e junto com ele as expectativas dos presentes.

Difícil desassociar o Natal dos presentes. As crianças ficam todas na ansiedade de que o dia 24 de dezembro chegue o quanto antes para poderem abrir os embrulhos ao pé da árvore de Natal.

Alguns adultos também vivem esta mesma ansiedade e expectativa (para não dizer todos) de receber presentes.

Mas além da iminente oportunidade de ser presenteado há também a responsabilidade de presentear.

Dar presentes pode ser muito mais prazeroso do que receber. Há um sentimento totalmente realizador quando você entrega um presente e tem a certeza de que acertou. O semblante de quem recebeu denuncia já na hora se gostou ou não. Eu sou assim.

Na hora de escolher o presente para comprar, ficamos indecisos e até impacientes, porque nem sempre sabemos o que dar e a expectativa de quem está presenteando passa de receber um presente a ver seu presente aceito.

Interessante, pois o que fazemos no mundo natural nem sempre é repetido no mundo espiritual. Estamos dispostos a presentear as pessoas que amamos, mas ao nosso Deus nem sempre temos a mesma disposição. O próprio aniversariante do Natal muitas vezes é ignorado e nem mesmo uma oração de gratidão é feita em meio a tanta fartura.

No mundo espiritual, estamos (na maioria das pessoas) muito dispostos a receber e pouco afim de oferecer. Queremos que Deus nos dê tudo, mas não queremos lhe dar nada.

E não digo apenas quanto a dinheiro, pois tem coisas mais preciosas do que o dinheiro, como tempo, dedicação, devoção, gratidão e tantas outras coisas que poderíamos oferecer.

Quando olhamos a história do Natal, vemos que Deus nos presenteou com tudo o que precisávamos através do seu único filho enviado à Terra para nos salvar. Nesta história de nascimento divinal vemos a troca de presentes: Deus deu seu filho, um presente inigualável, incomparável e homens ofereceram seus presentes a Ele.

Quando Jesus nasce, o primeiro presente que recebe é o que a maioria continua a entregar para Ele ainda hoje: a rejeição, pois a narrativa bíblica diz que não havia lugar para eles nas hospedarias. Muitas pessoas continuam sem oferecer um lugar para Jesus se hospedar em sua vida. Ele continua sendo rejeitado e não é reconhecido como aquele que deveria receber de nós todos os presentes.

Mas que bom que nem todos oferecem rejeição. Na narrativa da Bíblia também vemos aqueles que eram diferenciados não por posição financeira ou política, mas por um desejo de presentear reconhecendo aquele que realmente merece o melhor de cada um de nós.

Começamos pelos magos do oriente: um ofereceu ouro, que simboliza que Jesus é rei. Outro mago deu incenso, que simboliza o sacerdócio de Cristo e sua divindade. O último mago ofereceu mirra, um bálsamo caríssimo usado como rico perfume e também para embalsamar os mortos.

E, por último, os pastores e anjos foram oferecer adoração, reconhecendo que somente Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo é que devem ser adorados.

Qual dos presentes você quer oferecer? O que Jesus merece vindo de você?

Deus te abençoe.

Pastor Daniel Antônio é teólogo, administrador e publicitário (daniel.antonio@nazareno.com.br).